Em janeiro de 2020, portanto, antes da pandemia, a geração de empregos havia ficado em 117.793 (com ajustes). O saldo de janeiro deste ano foi resultado de 1.527.083 admissões e 1.266.730 desligamentos. O estoque de empregos formais no país chegou a 39.623.321 vínculos e todos os setores de atividade econômica apresentaram crescimento no mês.
Em janeiro passado, todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo. O setor da Indústria foi o grande destaque, com a geração de 90.431 novos postos de trabalho formais.
Em nível de subclasses, o levantamento aponta a “Confecção de Peças do Vestuário, exceto Roupas Íntimas e as Confeccionadas Sob Medida”, como o maior saldo (7.855), a maior parte no Paraná (3.058). A “Fabricação de Calçados de Couro” registrou o segundo maior saldo (5.762), principalmente na Bahia (1.670) e Rio Grande do Sul (1.658).
O setor de Serviços apresentou o segundo melhor saldo (83.686), sendo que os maiores foram registrados nos grupamentos de “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, com 55.896; e “Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, com 18.353.
Já o terceiro maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor da Construção, com 43.498 postos de trabalho formais, principalmente na subclasse de “Construção de Edifícios”, com saldo de 16.636 postos. A Agropecuária também apresentou um bom saldo positivo, de 32.986, principalmente nas subclasses de “Cultivo de Maçã” (12.222) e “Cultivo de Soja” (9.194).
Apesar da pandemia ter atingido mais fortemente o Comércio, em janeiro, o setor contabilizou saldo positivo, de 9.848 postos de trabalho. Os destaques nos maiores saldos por subclasse foram para o “Comércio a Varejo de Peças e Acessórios Novos para Veículos Automotores” (3.506) e o “Comércio Varejista de Materiais de Construção em Geral” (3.055).
Unidades Federativas
Em janeiro de 2021, 24 das 27 Unidades da Federação (UF) tiveram saldos positivos. O destaque é para São Paulo, com 75.203 novos postos. Santa Catarina, com 32.077, e Rio Grande do Sul, com 27.168, foram outros estados com maior geração de empregos formais. Alagoas, Paraíba e Rio de Janeiro, com 198, 174 e 44 de saldo negativo, foram os únicos estados que perderam postos.
Todas as cinco regiões do país tiveram saldo positivo em janeiro de 2021. O Norte, com 6.937 gerou menos empregos enquanto o Sudeste, com 105.747, alcançou o melhor número. Já o Sul foi a região onde todos os estados registraram crescimento parecido, sem grande desequilíbrio.
Modernização trabalhista
Segundo o Novo Caged, a modernização trabalhista teve papel importante na geração de empregos de janeiro. Foram 15.600 admissões e 12.517 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 3.083 empregos, envolvendo 3.784 estabelecimentos contratantes. Um total de 201 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Já a jornada em regime de tempo parcial teve saldo negativo de 610 postos de trabalho no ano, resultado de 15.808 admissões e 16.418 desligamentos. No período, a movimentação envolveu 6.413 estabelecimentos contratantes e 57 empregados celebraram mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Salário
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em janeiro/2021 foi de R$ 1.760,14. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 20,06 no salário médio de admissão. "O principal motivo foi a contratação de jovens até 24 anos, que para muitos por ser o primeiro emprego, a remuneração é menor. É o salário médio de admissão. Foram 123.581 jovens contratados", explica Lobo.
Benefício Emergencial
Os resultados mostram que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda tem sido bem-sucedido em evitar demissões, em um ano tão atípico de enfrentamento de uma grave pandemia. Trata-se de um pagamento de benefício mensal a trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho suspenso ou a jornada e o salário reduzidos.
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