Ministro da Economia Paulo Guedes durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça
Ministro da Economia Paulo Guedes durante audiência na Comissão de Constituição e JustiçaReprodução
Por O Dia
O ministro da Economia Paulo Guedes defendeu, nesta terça-feira (11), uma avaliação mais rígida do desempenho de servidores públicos para a construção de "carreiras meritocráticas" dentro do funcionalismo público. A declaração foi dada durante um debate na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) para discutir os trâmites da Reforma Administrativa entregue ao Congresso no ano passado.
"O que nós queremos é justamente que esses privilégios não sejam estendidos aos futuros, que entrarão sem esses pivilégios (...) Nós não estamos tirando de ninguém, todo mundo que já adquiriu isso, mantenha", disse o ministro.
Publicidade
A proposta da reforma foi amplamente divulgada por Guedes durante a campanha eleitoral de Bolsonaro em 2018 e prevê novas regras para a admissão de funcionários públicos, restringindo, principalmente, a estabilidade desses. De acordo com o ministro, atualmente os concursos públicos estão suspensos temporariamente até a aprovação da Reforma.
"Nós precisamos justamente da digitalização, da maior eficiência, da descentralização dos recursos e das carreiras meritocráticas", afirmou o ministro durante a CCJ. 
Publicidade
"Não é porque um jovem fez um concurso que aos 19, 20 anos ele já deve ter um salário apenas 20% abaixo de quem vai estar no topo da carreira 20 anos depois", contou Guedes, que também defendeu que o salário para os ingressantes na carreira de servidor deve ser compatível com a iniciativa privada.
O ministro também afirma que a reforma ajudará os funcionários a estabelecerem os padrões de avaliação de servidores públicos futuros. "Não é só fazer um exame e na mesma hora você ganha um salário muito alto e estabilidade para o resto da vida", explicou.
Publicidade
"A palavra-chave dessa reforma é justamente a qualidade dos serviços públicos (...) Essa reforma não atinge os direitos adquiridos atuais, ela visa a qualidade dos serviços públicos."
O ministro ainda afirmou que o Brasil possui muitos "privilégios" em relação aos países do exterior.
Publicidade
"Nós somos servidores. Veja como os servidores nas democracias avançadas funcionam. Veja um servidor na Noruega, na Suécia. Ele anda de metrô, às vezes de bicicleta. Ele não tem 20 automóveis, mais 50 servidores, mais 30 assessores. Não é assim, é algo sempre bem modesto, não é uma corte", disse.
"Precisamos descentralizar todo esse organismo estatal para bom atendimento e boa qualidade no serviço público", disse o ministro ao final do discurso.
Publicidade
Confira abaixo a sessão completa na CCJ:
 
Publicidade