Publicado 19/05/2021 10:02
O Ministério da Infraestrutura estuda lançar o programa "BR dos Rios", que consiste, entre outras medidas, na privatização de bacias hidrográficas e na cobrança de pedágio sobre navegação.
De acordo com um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil tem 63 mil quilômetros de vias para navegação, das quais 30,9% correspondem ao uso comercial. Por outro lado, apenas 5% das cargas nacionais são transportadas por rios.
De acordo com um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil tem 63 mil quilômetros de vias para navegação, das quais 30,9% correspondem ao uso comercial. Por outro lado, apenas 5% das cargas nacionais são transportadas por rios.
A ideia é baratear produtos para o consumidor final, já que a circulação por água pode reduzir o custo de fretes em relação a caminhões e trens. Ainda segundo o estudo da CNT, o frete hidroviário é 60% mais em conta que o rodoviário e 30% mais barato que o ferroviário. No entanto, a medida pode afetar os caminhoneiros, que já alertaram ser contrários, com o objetivo de manter o trabalho da categoria.
O projeto, que é uma sequência do "Br do Mar", pode ter concessões privadas em alguns rios, o que promove a cobrança de pedágios. Ao Uol, o presidente da CNT, Vander Costa, disse que alguns pontos precisam ter atenção, como o patrulhamento dos rios e de onde virão os recursos para a infraestrutura do projeto.
"Na região amazônica, a indústria naval emprega milhares de brasileiros. É correto abrir o mercado para as embarcações usadas dos EUA? O mercado não é contra importar embarcações novas, mas sim contra trazer sucata", afirmou. "Lá [nos EUA] há uma indústria de navegação desenvolvida, e as embarcações só podem ser usadas por até 20 anos. Depois vão jogar o lixo aqui?", questionou.
"Na região amazônica, a indústria naval emprega milhares de brasileiros. É correto abrir o mercado para as embarcações usadas dos EUA? O mercado não é contra importar embarcações novas, mas sim contra trazer sucata", afirmou. "Lá [nos EUA] há uma indústria de navegação desenvolvida, e as embarcações só podem ser usadas por até 20 anos. Depois vão jogar o lixo aqui?", questionou.
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