Ministro Paulo Guedes decidiu propor a volta da tributação do lucro e dividendos com uma alíquota de 20%Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 23/06/2021 12:34 | Atualizado 23/06/2021 15:37
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), deve anunciar ainda nesta semana a renovação por mais três meses do auxílio emergencial, que deve seguir até outubro. Ele repetiu que a retomada em "V" da economia brasileira já ocorreu e que, agora, o país está saindo da recuperação cíclica para uma recuperação sustentável, puxada por investimentos.
"Renovamos os programas bem sucedidos. Renovamos o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda - BEm, renovamos o auxílio emergencial. Isso vai até agora, 31 de julho. O presidente deve anunciar, talvez ainda nesta semana, mais três meses de auxílio emergencial", afirmou o ministro da Economia. 

Guedes também reafirmou que vão ser anunciados o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e o Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ), que devem criar dois milhões de empregos para jovens, os que mais têm sofrido com o desemprego.

Segundo Guedes, com a mudança na presidência da Câmara e do Senado, as reformas estão andando muito rápido. Ele citou o marco do saneamento, a Lei do Gás e a autonomia do Banco Central.

O ministro disse que espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) ratifique a decisão do Congresso quanto à autonomia do BC, pois isso impede que o "choque setorial e transitório de energia e comida" vire inflação permanente.

Afirmou ainda que "vão vir as bandeiras" de energia para evitar o racionamento lá na frente em meio à crise hídrica. "Nossa inflação deu um salto justamente por choque de energia e alimentos. Nos EUA, o núcleo da inflação exclui comida e energia", comentou o ministro, participante de uma live com Josué Gomes e Rafael Cervone, candidatos, em chapa única, à presidência e à primeira vice-presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), respectivamente.

Gomes e Cervone são apoiados pelo atual presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que fez, em seu discurso inicial, campanha para os dois.

O caráter eleitoral também ficou claro nas primeiras declarações de Gomes e Cervone, que convocaram os industriais paulistas à votação, que ocorre dia 5 de julho.
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