Publicado 31/08/2021 13:18
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira, 31, nota sobre o trabalho remoto nas unidades federativas brasileiras durante a pandemia de Covid-19, com base nas médias para o ano 2020 obtidas por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra que houve grande diversidade na intensidade do trabalho remoto entre as unidades da federação. Enquanto no Distrito Federal, 23,6% das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho exerceram as atividades laborais remotamente ao longo de 2020, no Pará, esse percentual foi de 3,5%.
Em 2020, a população ocupada e não afastada era de 74 milhões de pessoas no Brasil, sendo que 8,2 milhões, ou seja, 11% trabalharam remotamente. O estado que teve o maior contingente de pessoas em trabalho remoto foi São Paulo, com 2,9 milhões de pessoas, seguido por Rio de Janeiro, com 1,1 milhão, e Minas Gerais, com 700 mil profissionais. Enquanto isso, os menores quantitativos foram observados no Amapá (16 mil), Acre (14 mil) e Roraima (13 mil).
O estudo mostrou que, no tocante à diferença (em pontos percentuais) entre o percentual de pessoas em trabalho remoto de cada unidade federativa e a média Brasil, apenas três estados e o Distrito Federal apresentaram resultados acima dessa média nacional: DF (12,6%), Rio de Janeiro (7,7%), São Paulo (4,9 %) e Paraíba (1,1%). Em contrapartida, Pará (-7,5%), Mato Grosso (-6,45%) e Maranhão (-6,1%) foram os estados com mais de 6 pontos percentuais abaixo da média nacional, apresentando os menores percentuais.
No que diz respeito ao perfil de quem esteve em teletrabalho em 2020, para todas as unidades da federação, observou-se um percentual maior de mulheres, pessoas declaradas brancas e com escolaridade de nível superior completo, no conjunto de pessoas em teletrabalho, relativamente aos respectivos percentuais no total de pessoas ocupadas e não afastadas. No entanto, o resultado é heterogêneo, a depender do estado, nos quesitos faixa etária (com maioria entre 20 e 49 anos), atividade do trabalhador e serviço público. Em relação ao gênero, apesar da maioria das pessoas ocupadas e não afastadas ser do sexo masculino, a maior parte especificamente em teletrabalho é composta por mulheres.
"Há uma grande heterogeneidade do trabalhador remoto entre os estados brasileiros, o que pode ser reflexo das diferenças estruturais profundas nas economias e nos mercados de trabalho locais", avaliou o pesquisador do Ipea Geraldo Góes, que redigiu a nota em coautoria com Felipe Martins e José Antônio Sena Nascimento. Em julho deste ano, eles apresentaram um estudo com dados gerais sobre o trabalho remoto no país, que agora foi estendido com maior detalhamento nas unidades federativas.
O estudo mostrou que, no tocante à diferença (em pontos percentuais) entre o percentual de pessoas em trabalho remoto de cada unidade federativa e a média Brasil, apenas três estados e o Distrito Federal apresentaram resultados acima dessa média nacional: DF (12,6%), Rio de Janeiro (7,7%), São Paulo (4,9 %) e Paraíba (1,1%). Em contrapartida, Pará (-7,5%), Mato Grosso (-6,45%) e Maranhão (-6,1%) foram os estados com mais de 6 pontos percentuais abaixo da média nacional, apresentando os menores percentuais.
No que diz respeito ao perfil de quem esteve em teletrabalho em 2020, para todas as unidades da federação, observou-se um percentual maior de mulheres, pessoas declaradas brancas e com escolaridade de nível superior completo, no conjunto de pessoas em teletrabalho, relativamente aos respectivos percentuais no total de pessoas ocupadas e não afastadas. No entanto, o resultado é heterogêneo, a depender do estado, nos quesitos faixa etária (com maioria entre 20 e 49 anos), atividade do trabalhador e serviço público. Em relação ao gênero, apesar da maioria das pessoas ocupadas e não afastadas ser do sexo masculino, a maior parte especificamente em teletrabalho é composta por mulheres.
"Há uma grande heterogeneidade do trabalhador remoto entre os estados brasileiros, o que pode ser reflexo das diferenças estruturais profundas nas economias e nos mercados de trabalho locais", avaliou o pesquisador do Ipea Geraldo Góes, que redigiu a nota em coautoria com Felipe Martins e José Antônio Sena Nascimento. Em julho deste ano, eles apresentaram um estudo com dados gerais sobre o trabalho remoto no país, que agora foi estendido com maior detalhamento nas unidades federativas.
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