Publicado 09/09/2021 15:08 | Atualizado 09/09/2021 15:15
Rio - A renda individual média do brasileiro — incluindo informais, desempregados e inativos — teve uma redução de 9,4% em relação ao final de 2019. Já os mais pobres tiveram uma queda na renda de 21,5%. A conclusão é do estudo "Desigualdade de impactos trabalhistas na pandemia", realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e divulgado nesta quinta-feira (9).
Os motivos que causaram a diminuição de renda entre os mais pobres foi o aumento do desemprego, a desistência de encontrar trabalho, a redução de renda dos ocupados por hora (fruto da aceleração da inflação e do próprio desemprego) e a redução da jornada de trabalho, aponta o estudo.
Ainda segundo o levantamento, a queda de renda entre os 10% mais ricos foi de 7,16%, menos de 1/3 da queda de renda observada na metade mais pobre. Já a classe média teve queda de renda de 8,96%, cerca de 2,8 pontos de porcentagem de perda acima do extremo superior.
Os mais afetados
A pesquisa também apontou quais foram os grupos e regiões mais afetados pela queda da renda: as mulheres, os idosos e os moradores da região Nordeste.
As mulheres, que tiveram jornada dupla de cuidado das crianças em casa, perderam 10,35% da renda contra 8,4% dos homens.
Os idosos registaram perda de 14,2%, especialmente por terem de se retirar do mercado de trabalho em função da maior fragilidade em relação ao Covid-19.
Já os moradores da região Nordeste registraram 11,4% de perda de renda contra 8,86% do Sul.
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