Publicado 28/09/2021 18:27
Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na última semana, de promover o novo aumento da Selic (a taxa básica de juros) em setembro, a autarquia disse nesta terça-feira, 28, que as expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus estão em torno de 8,3%, 4,1% e 3,25%, respectivamente. Na semana passada, o BC elevou em 1,00 ponto porcentual, indo para 6,25% ao ano a taxa básica de juros.
O Copom reafirmou na ata que a alta de 1,00 ponto porcentual da Selic anunciada na semana passada é uma decisão que "reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2022 e, em grau menor, o de 2023".
O Comitê considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques. Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance no território contracionista.
O Comitê considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques. Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance no território contracionista.
"Por um lado, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento recente nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico", afirmou o colegiado no documento.
A ata também indicou que a projeção para o IPCA de 2021 no cenário básico está em 8,5%. Este cenário calcula a taxa de juros variando conforme a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,25 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) Para 2022, a projeção está em 3,7% e, para 2023, em 3,2%.
Foi a quinta elevação consecutiva. Na ocasião, o BC também indicou a intenção de novo aumento da Selic no encontro de outubro. Para o cálculo das projeções, o BC utilizou taxa de câmbio partindo de R$ 5,25, que é a média da taxa de câmbio observada nos cinco dias úteis encerrados no dia 10 de setembro.
Em setembro do ano passado, durante a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC havia anunciado que pretendia dar preferência ao câmbio PPC em suas projeções, e não mais ao câmbio fixo ou baseado no Focus.
Na ata da reunião anterior, de 3 e 4 de agosto, as projeções de inflação no cenário básico (juros Focus e câmbio PPC) eram de 6,5% para 2021, 3,5% para 2022 e 3,2% para 2023.
O Copom voltou a enfatizar hoje, por meio da ata de seu último encontro, que a inflação ao consumidor segue elevada. "Persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis", alertou o Copom.
Foi a quinta elevação consecutiva. Na ocasião, o BC também indicou a intenção de novo aumento da Selic no encontro de outubro. Para o cálculo das projeções, o BC utilizou taxa de câmbio partindo de R$ 5,25, que é a média da taxa de câmbio observada nos cinco dias úteis encerrados no dia 10 de setembro.
Em setembro do ano passado, durante a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC havia anunciado que pretendia dar preferência ao câmbio PPC em suas projeções, e não mais ao câmbio fixo ou baseado no Focus.
Na ata da reunião anterior, de 3 e 4 de agosto, as projeções de inflação no cenário básico (juros Focus e câmbio PPC) eram de 6,5% para 2021, 3,5% para 2022 e 3,2% para 2023.
O Copom voltou a enfatizar hoje, por meio da ata de seu último encontro, que a inflação ao consumidor segue elevada. "Persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis", alertou o Copom.
*Com informações do Estadão
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