Publicado 08/10/2021 14:58
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é "fato" que o Brasil está crescendo e criando empregos e criticou projeções de economistas que apontam baixo crescimento no ano que vem. Durante evento promovido pelo Itaú, voltado para investidores estrangeiros, Guedes dirigiu-se ao economista-chefe do banco, Mario Mesquita. Depois de chamá-lo de "meu amigo", criticou o modelo usado pela equipe da instituição para projetar o Produto Interno Bruto (PIB) e disse que algumas variáveis usadas talvez não fossem as mais adequadas.
"Agora estão rodando as projeções para o ano que vem, de que (o crescimento) será de 0,5%. Vão errar de novo, será muito mais do que isso. Nosso real problema é a inflação, mas o crescimento está vindo. Ainda não sabemos o nível, 2%, poderia ser um pouco mais, um pouco menos, mas estou falando apenas de fatos. Uma coisa é barulho, política, narrativas. Outra coisa são fatos", afirmou Guedes.
Segundo o ministro, há evidências na arrecadação e no consumo de que há retomada do crescimento. Ele disse que o PIB brasileiro caiu menos em 2020 e recuperou mais rápido que o esperado.
"O Brasil mantém um ritmo muito acelerado de recuperação este ano, confirmando nossa expectativa", afirmou Guedes. "Quero frisar para os (investidores) estrangeiros, há muito barulho no Brasil. Continuamos promovendo reformas estruturais, que são chave para crescimento sustentado", disse.
Guedes, que discursa em inglês no evento, citou ainda projeções de alta de "4,2% ou 4,3%" neste ano no PIB. A projeção oficial do governo, no entanto, é de um avanço de 5,3% em 2021.
O ministro destacou ainda o avanço da vacinação e citou alguns dos tipos de imunizantes usados no Brasil, como Pfizer, Janssen e até Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e que costuma ser alvejada por críticas do presidente Jair Bolsonaro por ser a "vacina de João Doria", governador paulista e adversário político do chefe do Palácio do Planalto.
O próprio Guedes foi vacinado com Coronavac.
O ministro ainda citou a Moderna, embora o Brasil não tenha adquirido nenhum lote desse imunizante.
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