Governo formaliza pedido de ajuste no Projeto do Orçamento para viabilizar CensoIBGE
Publicado 20/10/2021 13:53 | Atualizado 20/10/2021 14:35
Brasília - O governo federal formalizou em ofício enviado ao Congresso Nacional um pedido de ajuste no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022 para viabilizar a realização do Censo Demográfico do ano que vem.

A solicitação é endereçada ao relator do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), e à presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (MDB-ES).

De acordo com o pedido, o Censo deverá contar com R$ 2,293 bilhões, acima dos R$ 2 bilhões antes estabelecidos pelo governo. O ajuste vem após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar que o primeiro valor seria insuficiente para realizar o estudo.

A formalização via ofício vem seis dias após o governo ter informado ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), que tomaria a medida.

A gestão do presidente Jair Bolsonaro chegou a abrir mão de realizar neste ano o Censo, considerado fundamental para a formatação de políticas públicas, após um novo corte no Orçamento. No entanto, acabou obrigado pelo STF a promover a pesquisa, embora apenas no ano que vem.
Cancelamento
Nesta segunda-feira, 18, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que cancelou o concurso público para agentes censitários e recenseadores para o Censo de 2022. A decisão foi motivada pela não renovação de contrato com a Cebraspe, empresa responsável pelo certame, conforme explicou o instituto. 
Ao todo, o IBGE abriu 204 mil vagas para a realização da pesquisa demográfica no ano que vem: 108 mil oportunidades eram para recenseadores, enquanto 5,4 mil seriam destinados para agente censitário municipal e 16 mil para agente censitário supervisor. Os salários variam entre R$ 1,7 mil e R$ 2,1 mil.
O contrato com a Cebraspe se encerrou nesta segunda-feira e o IBGE optou por não renovar o acordo. Outra empresa para assumir a realização do concurso já está em discussão no instituto.
*Com informações do Estadão Conteúdo
 
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