Publicado 06/12/2021 09:24 | Atualizado 06/12/2021 09:34
Rio - Aproximadamente 20,5% da população do Estado do Rio comprou algum produto pirata nos últimos 12 meses, o que equivale a 2,9 milhões de pessoas, número superior ao registado em 2020 (1,2 milhão) e inferior ao obtido em 2019 (3,3 milhões). Segundo o estudo realizado Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), o gasto médio foi de R$ 73,5 por compra, valor bem menor que o apurado em 2020 (R$ 94,5) e pouco maior que 2019 (R$ 62,8).
Os equipamentos eletrônicos falsificados configuram o topo do ranking dos itens mais consumidos de forma ilegal, com 28,6%. Em segundo roupas (18,8%), seguido por calçados, bolsas e tênis (17,1%). No quarto e quinto lugar está a pirataria eletrônica, com o download pela internet: de filmes (16,3%) e programas de computador (15,9%), respectivamente. Na sequência foram mencionados óculos (15,1%), download de músicas da internet (10,6%), brinquedos (9,4%), relógios (9%), tv por assinatura (8,6%), perfumes (7,8%), artigos esportivos (4,1%) e cigarros (2,4%).
O principal motivo apontado por 75,9% dos consumidores para optar por produtos piratas nos últimos 12 meses foi o preço mais baixo. O fato desses produtos serem mais fáceis de se encontrar foi mencionado por 15,9% dos entrevistados. Em seguida, os motivos apresentados foram: alguns produtos podem ser “descartáveis” por isso não importa tanto a qualidade (11,8%), o produto falsificado está disponível antes do produto original (10,2%) e por questão de “status” (4,1%).
Entre os que consumiram produtos piratas nos últimos 12 meses, 65,3% afirmaram já ter se arrependido da compra. A baixa qualidade lidera a lista das reclamações com 86,2%. Já para 27,6%, a falta de garantia foi o principal motivo de desapontamento. Outras causas foram apontadas como experiências negativas: não ter como trocar o produto (13,2%), descobrir que o produto era roubado (4,6%) e problemas de saúde desencadeados pela utilização do produto (1,3%).
Para 59,6% da população, os produtos originais são mais caros devido aos impostos elevados. As melhores soluções para combater a pirataria seria reduzir a carga tributária (79%), melhorar a educação (52,8%), conscientizar a população sobre os prejuízos causados pelo consumo desses produtos (46,8%), emprego (43,8%), aprovar leis mais duras e penas mais longas (22,5%) e aumentar a integração entre Polícia Federal e Estadual (12,7%).
A pesquisa do Instituto Fecomércio confirmou também que 93,6% dos entrevistados sabem que a pirataria é crime. Para 65,5% dos fluminenses, a compra de produtos piratas prejudica a economia do Estado. A mesma sondagem também mostra que 71,9% dos consultados não pretendem continuar comprando produtos piratas. Outro dado relevante mostra que, para 47,6% dos pesquisados, o consumo desses produtos falsificados favorece o aumento da violência e da criminalidade.
A pesquisa do Instituto Fecomércio confirmou também que 93,6% dos entrevistados sabem que a pirataria é crime. Para 65,5% dos fluminenses, a compra de produtos piratas prejudica a economia do Estado. A mesma sondagem também mostra que 71,9% dos consultados não pretendem continuar comprando produtos piratas. Outro dado relevante mostra que, para 47,6% dos pesquisados, o consumo desses produtos falsificados favorece o aumento da violência e da criminalidade.
Questionados sobre as campanhas que poderiam sensibilizar e informar melhor a população dos riscos à saúde e o prejuízo à economia do mercado ilegal, 46,4% dos fluminenses informaram que acreditam que deveriam ter mais campanhas educativas. Para 29,2% dos consumidores, campanhas governamentais poderiam colaborar, seguido por campanhas industriais e do varejo, com 24% e 22,5%, respectivamente.
Compras on-line
Compras on-line
O crescimento das vendas on-line, diante do cenário pandêmico, também preocupa. Quando perguntados se o crescimento das compras no mundo virtual poderia aumentar a venda de produtos piratas, 69,3% afirmaram que sim, o que representa um aumento de sete pontos percentuais em comparação ao ano passado. Indagados se teriam comprado pela internet um produto pirata pensando ser original, 43,1% confirmaram que sim. Crescimento de 13 pontos percentuais em relação ao ano de 2020.
A pesquisa também comprovou que os consumidores estão atentos: 91,8% se certificam se o site é seguro para evitar problemas com produtos falsificados ou roubados.
Para o economista João Gomes, secretário executivo do Conselho de Combate ao Mercado Ilegal e diretor do IFec RJ, "A pirataria pode causar danos aos próprios consumidores, com produtos de baixa qualidade. Além disso, causa danos econômicos, tendo em vista que estes produtos que não são taxados na sua produção, importação ou comercialização, acabam prejudicando a arrecadação e promovendo uma concorrência desleal ao comércio formal, contribuindo para o desemprego e o aumento da criminalidade".
Para o economista João Gomes, secretário executivo do Conselho de Combate ao Mercado Ilegal e diretor do IFec RJ, "A pirataria pode causar danos aos próprios consumidores, com produtos de baixa qualidade. Além disso, causa danos econômicos, tendo em vista que estes produtos que não são taxados na sua produção, importação ou comercialização, acabam prejudicando a arrecadação e promovendo uma concorrência desleal ao comércio formal, contribuindo para o desemprego e o aumento da criminalidade".
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