Publicado 09/12/2021 12:23
Com o aumento da taxa de juros do empréstimo consignado e do cartão de crédito consignado de 1,80% para 2,14% e de 2,70% para 3,06%, respectivamente, os aposentados e pensionistas Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que utilizarem essa modalidade de crédito sentirão o impacto no bolso.
Segundo o professor de finanças do IBMEC Bruno D'Assis, quando há variações na taxa básica de juros da Selic, o ajuste feito no teto do empréstimo consignado se faz necessário. "Se você estabelece um teto fixo, hora ele pode ser muito conservador, hora muito permissivo. Por isso, eles avaliam como necessário esses ajustes constantes", explica ele.
De acordo com o professor, o novo teto está acima do que hoje é praticado pelos principais "players" do mercado. "Mesmo assim é útil para evitar serviços de 'agiotagem' de empresas de crédito menores que muitas vezes assediam os aposentados", indica D'Assis.
Além disso, ele acrescenta que um ponto válido de se destacar é que o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) define o teto máximo que pode ser cobrado e não a taxa efetiva a ser aplicada aos contratos.
Com o novo teto, que vão impactar nos juros para o pagamento do empréstimo, é importante avaliar se as parcelas vão caber no orçamento dos aposentados e pensionistas do INSS, mesmo que seja mais barata do que as outras modalidades de crédito.
O professor do IBMEC fez uma simulação para uma pessoa que fizer um empréstimo nos valores de R$ 1 mil e R$ 3 mil com essa modalidade.
Com a taxa praticada atualmente, uma pessoa que realiza um empréstimo de R$ 1 mil em 24 parcelas precisa pagar prestações de R$ 51,68. Ao final de dois anos, o valor desembolsado é de R$ 1.240,34. Agora, no caso dos juros a 2,14%, o beneficiário precisará pagar parcelas de R$ 53,71, totalizando R$ 1.289,04.
Se caso o empréstimo for de R$ 3 mil, serão parcelas de R$ 155,04, no total de R$ 3.721,02. Agora, na regra atual, as parcelas serão de R$ 161,13, no total de R$ 3.867,12.
Caso alguém que vá fazer empréstimo até o fim deste ano pode ser inserido no modelo que vigora na pandemia. O prazo máximo para quitar o empréstimo atualmente é de 84 meses (sete anos), mas a partir de janeiro do ano que vem, voltará para 72 meses (seis anos).
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.