Publicado 20/12/2021 11:41
Brasília - O relator do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), apresentou, nesta segunda-feira, 20, o relatório final em que prevê que o valor do salário mínimo passará para R$ 1.210 no ano que vem - aumento de R$ 110 em relação à remuneração atual (R$ 1.100). O novo valor previsto é R$ 41,44 maior do que os R$ 1.169 estimados pelo governo em agosto, quando o projeto da lei orçamentária de 2022 foi enviado ao Congresso.
Essa alta ocorre devido ao crescimento da inflação nos últimos meses. A estimativa de crescimento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como base para o reajuste anual do mínimo, passou de 8,4%, em agosto, para 10,04%. No entanto, vale ressaltar que o índice exato da correção apenas será conhecido no início do mês que vem, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará a alta do INPC no ano fechado de 2021.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso decidiu adiar para terça-feira, 21, a votação da peça orçamentária de 2022, que estava prevista para esta segunda-feira. Os parlamentares pediram mais tempo para debater o documento final. Eles discutem retirar verbas do fundo eleitoral e direcionar esses recursos para a área da educação.
Auxílio Brasil e vale-gás
O relatório final do Orçamento de 2022 prevê R$ 89,9 bilhões para o Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família, no ano que vem. No documento, o relator Hugo Leal aceitou uma sugestão do Ministério da Economia e incluiu na peça orçamentária R$ 1,9 bilhão para o vale-gás em 2022. Leal também aumentou os recursos previstos para benefícios previdenciários, em R$ 27,5 bilhões.
O relator, contudo, rejeitou pedidos para aumentar a verba para compra de vacinas e manteve o montante em R$ 9,2 bilhões. Essas solicitações vieram do Ministério da Economia, do relator setorial da saúde e de parlamentares ligados à área.
Uma das apostas de Bolsonaro para alavancar sua popularidade e ganhar votos da população mais pobre na corrida eleitoral de 2022, o vale-gás bancará metade do preço do gás de cozinha a famílias de baixa renda por cinco anos.
A expectativa do governo é atender 5,5 milhões de famílias ainda em 2021 e ampliar o programa a partir do ano que vem, quando o presidente concorrerá à reeleição.
O benefício será concedido a cada dois meses e corresponde a uma parcela de no mínimo 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13 quilos do gás de cozinha.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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