Publicado 28/12/2021 11:24
Neste fim de ano, a alta da inflação, para quase 70% dos brasileiros entrevistados, está impactando na alimentação e no consumo diário das famílias, e ainda 42% avaliam que o principal impacto da inflação é no preço do combustível.
A quarta edição do Radar Febraban da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra também que, em caso de melhora da situação financeira e de sobra de recursos do orçamento doméstico, a principal opção de investimento dos respondentes é a compra de imóvel: 35%, sendo este o maior percentual desde o início da série histórica da pesquisa.
A quarta edição do Radar Febraban da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra também que, em caso de melhora da situação financeira e de sobra de recursos do orçamento doméstico, a principal opção de investimento dos respondentes é a compra de imóvel: 35%, sendo este o maior percentual desde o início da série histórica da pesquisa.
Em seguida, vêm os investimentos bancários (22%), a reforma da casa (18%) e a aplicação na poupança (18%). recente alta da inflação prejudica a alimentação e o consumo diário, para a quase 70% dos brasileiros neste final de 2021 e 42% avaliam que o principal impacto da inflação é no preço do combustível.
Realizada no período de 19 a 27 de novembro, com 3 mil entrevistados em todas as cinco regiões do país, a quarta edição do Radar Febraban avaliou a evolução da expectativa dos brasileiros sobre os seguintes temas e apresenta ainda um recorte regional: situação da economia e consumo, bancos, Pix e golpes e tentativas de golpes.
A pesquisa se soma ao Observatório Febraban e à Febraban News, criados em 2020, como instrumentos para estreitar o diálogo do setor bancário com os brasileiros, tornando-se polo de notícias, conteúdo e ponto de encontro de debate.
“A pesquisa mostra que a percepção sobre a inflação tem peso relevante pelo impacto direto no poder de compra e na qualidade de vida da população, mas por outro lado, sugere ainda que o desejo dos consumidores em comprar imóvel em 2022 pode animar o setor imobiliário no próximo ano”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa.
“A pesquisa mostra que a percepção sobre a inflação tem peso relevante pelo impacto direto no poder de compra e na qualidade de vida da população, mas por outro lado, sugere ainda que o desejo dos consumidores em comprar imóvel em 2022 pode animar o setor imobiliário no próximo ano”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa.
A seguir, alguns pontos da quarta edição do Radar Febraban:
Impacto da inflação
- 69% avaliam que a inflação está impactando principalmente o consumo de alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico.
- 42% apontam que o principal impacto da inflação é no preço do combustível.
- 19% consideram que a inflação impacta, sobretudo, o pagamento de serviços de saúde e remédios.
- 8% juros do cartão de crédito
- 6% passagem de transporte público
- 5% pagamento da escola, faculdade ou outros serviços de educação
- 4% compra de veículos e imóveis
- 69% avaliam que a inflação está impactando principalmente o consumo de alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico.
- 42% apontam que o principal impacto da inflação é no preço do combustível.
- 19% consideram que a inflação impacta, sobretudo, o pagamento de serviços de saúde e remédios.
- 8% juros do cartão de crédito
- 6% passagem de transporte público
- 5% pagamento da escola, faculdade ou outros serviços de educação
- 4% compra de veículos e imóveis
Consumo
O desejo de comprar um imóvel continua crescendo entre os brasileiros. No caso de melhora da situação financeira e sobra de recursos do orçamento doméstico, a principal opção de investimento dos entrevistados seria a compra de imóvel: 35%, sendo este o maior percentual desde o início da série histórica. Seguem-se a essa alternativa:
22% - investimentos bancários;
18% - reforma da casa (18%), poupança;
17% - investimentos em educação pessoal e da família;
13% - fazer ou melhorar o plano de saúde;
10% - viajar;
7% - comprar carro;
3% - comprar moto;
2% - comprar eletrodomésticos e eletrônicos.
Avaliação dos bancos
A confiança nos bancos manteve o bom patamar de setembro, próximo a 60%. Apesar de algumas oscilações, permanece elevada a percepção da contribuição positiva dos bancos para o desenvolvimento da economia, a geração de empregos, a ajuda ao país e às pessoas no enfrentamento da crise sanitária.
Com resultado bastante próximo ao dos bancos, a confiança nas fintechs sofreu inflexão de 3 pontos, saindo de 59% para 56%. Quanto às empresas privadas em geral, a confiança também apresentou estabilidade: 54%, mesmo resultado de setembro.
Da mesma forma, a percepção de contribuição positiva dos bancos para o desenvolvimento da economia brasileira saiu de 61% em setembro para 58%, acompanhando a estabilidade da confiança e mantendo-se acima do patamar registrado no primeiro semestre de 2021.
Quanto à geração de empregos, 51% percebem uma contribuição positiva dos bancos, o que representa uma diminuição de 3 pontos em relação à onda anterior (54%). Ainda assim, o patamar atual mantém-se mais favorável que o de março (40%) e junho (43%).
Permanece crescente a percepção de contribuição positiva dos bancos para ajudar o país, a população e seus clientes a enfrentarem a crise do coronavírus: 58% em dezembro, contra 57% em setembro, 52% em junho e 45% em março.
Um contingente de 48% reconhece uma contribuição positiva dos bancos na melhoria da qualidade de vida das pessoas, praticamente o mesmo resultado de setembro (49%).
O nível de satisfação da população bancarizada com o atendimento prestado pelos bancos se manteve praticamente no mesmo patamar de setembro, indo de 71% para 70% -- muito satisfeitos 11% e satisfeitos 59%. Na outra ponta, 27% dos entrevistados dizem-se insatisfeitos com o atendimento bancário -- muito insatisfeitos (7%) e insatisfeitos (20%).
Pix
Desde a implantação do Pix, sua aprovação teve crescimento expressivo, de 9 pontos, passando de 76% para 85% e já tem a adesão de 71% dos brasileiros.
Entre os jovens de 18 a 24 anos, a aprovação ao Pix alcança quase a totalidade dos respondentes (99%).
Na faixa de 25 a 44 anos, esse número fica no patamar de 90% ou mais também na faixa de 25 a 44 anos (96%).
O desejo de comprar um imóvel continua crescendo entre os brasileiros. No caso de melhora da situação financeira e sobra de recursos do orçamento doméstico, a principal opção de investimento dos entrevistados seria a compra de imóvel: 35%, sendo este o maior percentual desde o início da série histórica. Seguem-se a essa alternativa:
22% - investimentos bancários;
18% - reforma da casa (18%), poupança;
17% - investimentos em educação pessoal e da família;
13% - fazer ou melhorar o plano de saúde;
10% - viajar;
7% - comprar carro;
3% - comprar moto;
2% - comprar eletrodomésticos e eletrônicos.
Avaliação dos bancos
A confiança nos bancos manteve o bom patamar de setembro, próximo a 60%. Apesar de algumas oscilações, permanece elevada a percepção da contribuição positiva dos bancos para o desenvolvimento da economia, a geração de empregos, a ajuda ao país e às pessoas no enfrentamento da crise sanitária.
Com resultado bastante próximo ao dos bancos, a confiança nas fintechs sofreu inflexão de 3 pontos, saindo de 59% para 56%. Quanto às empresas privadas em geral, a confiança também apresentou estabilidade: 54%, mesmo resultado de setembro.
Da mesma forma, a percepção de contribuição positiva dos bancos para o desenvolvimento da economia brasileira saiu de 61% em setembro para 58%, acompanhando a estabilidade da confiança e mantendo-se acima do patamar registrado no primeiro semestre de 2021.
Quanto à geração de empregos, 51% percebem uma contribuição positiva dos bancos, o que representa uma diminuição de 3 pontos em relação à onda anterior (54%). Ainda assim, o patamar atual mantém-se mais favorável que o de março (40%) e junho (43%).
Permanece crescente a percepção de contribuição positiva dos bancos para ajudar o país, a população e seus clientes a enfrentarem a crise do coronavírus: 58% em dezembro, contra 57% em setembro, 52% em junho e 45% em março.
Um contingente de 48% reconhece uma contribuição positiva dos bancos na melhoria da qualidade de vida das pessoas, praticamente o mesmo resultado de setembro (49%).
O nível de satisfação da população bancarizada com o atendimento prestado pelos bancos se manteve praticamente no mesmo patamar de setembro, indo de 71% para 70% -- muito satisfeitos 11% e satisfeitos 59%. Na outra ponta, 27% dos entrevistados dizem-se insatisfeitos com o atendimento bancário -- muito insatisfeitos (7%) e insatisfeitos (20%).
Pix
Desde a implantação do Pix, sua aprovação teve crescimento expressivo, de 9 pontos, passando de 76% para 85% e já tem a adesão de 71% dos brasileiros.
Entre os jovens de 18 a 24 anos, a aprovação ao Pix alcança quase a totalidade dos respondentes (99%).
Na faixa de 25 a 44 anos, esse número fica no patamar de 90% ou mais também na faixa de 25 a 44 anos (96%).
Entre quem tem ensino médio (90%) e ensino superior (92%); e na faixa de renda de mais de 5SM (90%).
Os que têm 60 anos ou mais mostram-se os menos entusiasmados com o Pix, com aprovação, ainda assim muito alta, de 65%, e desaprovação de 22%.
Golpes e tentativas de fraude
O número de brasileiros que já foram vítimas desse tipo de crime manteve-se estável no comparativo entre o levantamento de setembro (21%) e o atual (22%). O público com mais de 60 anos o mais vulnerável (30%).
Dentre os que foram vítimas ou sofreram tentativa de golpe, pouco mais de dois terços (69%) nunca caíram na fraude, ao passo que 30% chegaram a cair e a perder dinheiro.
A clonagem de cartão de crédito ou troca de cartões (48%, 2 pontos a menos que em setembro) segue como o golpe mais comum.
Os que têm 60 anos ou mais mostram-se os menos entusiasmados com o Pix, com aprovação, ainda assim muito alta, de 65%, e desaprovação de 22%.
Golpes e tentativas de fraude
O número de brasileiros que já foram vítimas desse tipo de crime manteve-se estável no comparativo entre o levantamento de setembro (21%) e o atual (22%). O público com mais de 60 anos o mais vulnerável (30%).
Dentre os que foram vítimas ou sofreram tentativa de golpe, pouco mais de dois terços (69%) nunca caíram na fraude, ao passo que 30% chegaram a cair e a perder dinheiro.
A clonagem de cartão de crédito ou troca de cartões (48%, 2 pontos a menos que em setembro) segue como o golpe mais comum.
Chama atenção o expressivo aumento do golpe da central falsa, em que alguém pede seus dados por telefone: de 18% em setembro para 28% em dezembro. Esse tipo de ocorrência é mencionado principalmente na faixa de 45 a 59 anos (39%).
Em terceiro lugar, destaca-se o golpe do WhatsApp, em que alguém se passa por um conhecido solicitando dinheiro: 24% (3 pontos a mais que em setembro). Há ainda 5% que citam o golpe do leilão da loja virtual falsa, mais frequente entre jovens de 18 a 24 anos (14%).
O papel informativo do setor bancário no alerta e orientação aos consumidores em relação aos golpes é destacado por mais da metade dos entrevistados que já receberam materiais de comunicação de bancos e outras entidades a esse respeito.
É praticamente unânime (96%) a atribuição de importância a esse tipo de informação para a prevenção e combate a tais ocorrências.
O papel informativo do setor bancário no alerta e orientação aos consumidores em relação aos golpes é destacado por mais da metade dos entrevistados que já receberam materiais de comunicação de bancos e outras entidades a esse respeito.
É praticamente unânime (96%) a atribuição de importância a esse tipo de informação para a prevenção e combate a tais ocorrências.
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