Feira reunirá expositores de produtos de decoração, bonecas, moda, cama, mesa, artigos infantis e acessórios além de oferecer oficinas para confeccionar itens feitos à mão - Divulgação
Feira reunirá expositores de produtos de decoração, bonecas, moda, cama, mesa, artigos infantis e acessórios além de oferecer oficinas para confeccionar itens feitos à mãoDivulgação
Por Marina Cardoso

Rio - A crise econômica abre cada vez mais espaço para um mercado que se encontra em expansão: o do artesanato. Para quem foi demitido e não conseguiu se recolocar no mercado, os trabalhos manuais passaram a ser uma possibilidade de renda. Segundos dados do Sistema de Informação Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab), entre os estados brasileiros, o Rio foi o que teve crescimento mais expressivo, chegando a 176,7% nos últimos três anos. Em 2016 eram 4.957 cadastrados e hoje são 13.719 artesãos. Uma das possibilidades para expor os trabalhos é a feira Patchwork Design Arte Natal, que nesta edição já terá decoração de Natal. O evento ocorrerá entre de 6 a 9 de novembro, no Clube Monte Líbano, na Lagoa. 

Uma das expositoras é Midiam Ganimi, de 58 anos, que resolveu apostar nos artigos natalinos para empreender há cerca de 18 anos. "Comecei a fazer peças de Natal para vender com uma sócia, mas ao longo do caminho decidimos melhor cada uma seguir seu rumo. Continuei neste caminho e vi uma oportunidade em fazer peças para alugar em vez de vender", conta. 

Assim, a designer criou a empresa Midiam Dekor Natal de aluguel de itens natalinos, mas ela também produz peças para vender. Entre os itens, guirlandas, árvores e enfeites de mesa. Midiam leva a árvore, monta na data marcada e desmonta, seja para prédios comerciais ou para casas residenciais. "A pessoa não se preocupa em ter lugar para guardar e não gasta uma grana maior comprando as peças. Além disso, há a possibilidade de a cada ano ter uma decoração diferente em casa", explica.

ROSÊ GOLD

Para a feira, ela levará decorações para árvores de natal e também enfeites de papais noéis e a grande aposta de decorações com o rosê gold. "Este ano, as decorações vêm fortes com essa cor", afirma.  

A artesã Rochelle Oliveira, 44, estará presente pela primeira vez na feira. Ela, que se formou em Direito e exerce a profissão de advogada, viu na confecção de bonecas de pano oportunidade de se reinventar e ajudar no processo de depressão.

"Trabalho há quase dois anos com a produção de bonecas usando a técnica chamada soft e pinturas humanizadas, mas sempre gostei de fazer artesanato dessa forma lúdica. Mas foi com as bonecas que me descobrir, é uma paixão, que me move hoje e é minha fonte de renda", explica Rochelle. 

Em seu atelier, ela recebe visitas de professoras de todo o país e do exterior para workshops, realiza cursos e oficinas e tem uma vasta produção de bonecas, em especial bruxas, duendes e fadas.

 

Expectativa de crescer 10% este ano
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O evento vai reunir expositores com produtos de decoração, bonecas, moda, cama, mesa, artigos infantis e acessórios.
"Na crise o artesanato ganha força. O artesanato passa a ser trabalhado como fonte extra de renda ou até mesmo como principal", afirma Zeca Medeiros, coordenador da feira. Em 2018 a organização do evento teve um faturamento de R$ 4 milhões, 7% a mais do que no ano anterior. E este ano espera um crescimento de 10%.
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Além dos produtos, a feira vai oferecer oficinas de artesanato para quem quiser aprender a elaborar confeccionar produtos, como enfeites natalinos.
"Para quem quer começar, as oficinas são uma boa dica para aprender a fazer objetos práticos de uma forma bem fácil, que podem gerar renda ou ser uma opção de um presente bonito e barato", orienta Zeca.
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