Projeto foi criado há seis meses na capital paulista e desembarca no Rio em novembro
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Projeto foi criado há seis meses na capital paulista e desembarca no Rio em novembro Divulgação
Por Marina Cardoso

A busca por uma profissão não é uma tarefa fácil, principalmente para quem é muito novo. Decidir a carreira profissional quando se é muito jovem, ainda no Ensino Médio com idade entre 15 e 17 anos, pode ser mais complicado ainda. Mas, com o objetivo de promover um direcionamento e dar uma perspectiva a esses jovens, principalmente os que estão em vulnerabilidade social, algumas empresas têm atuado com programas de Mentoria Voluntária. E a novidade está prevista para chegar ao Rio no próximo mês. 

A proposta consiste em dar aconselhamento profissional aos jovens, conforme projeto da Fesa Group que desenvolveu um braço social, sem fins lucrativos, denominado Criando e Reconhecendo Oportunidades para Mudar o Amanhã (CROMA). A iniciativa se tornou uma ponte entre o terceiro setor e o mercado de trabalho. Em parceria com outras empresas, o programa tem o foco na empregabilidade e desenvolvimento de jovens. 

"O programa busca orientar o jovem a conseguir e se manter em um emprego. Saber correr atrás e ter um plano de ação, ter um passo a passo para o que ele deve fazer a fim de seguir a carreira profissional. Não é dar o peixe, mas ensinar a pescar. Queremos capacitá-los e realizar para um planejamento de carreira", comenta Tainá Braga, diretora do CROMA. 

O projeto piloto foi com a própria Fesa e, segundo, Tainá, o resultado atingiu as expectativas. Há, inclusive, jovens trabalhando na empresa. Entre as companhias que já fizeram atividades de mentoria voluntária junto com a Fesa estão a Danone, Coca-Cola e HDI Seguros.

VOLUNTÁRIOS

Por meio da colaboração de voluntários das empresas participantes, funcionários, desde executivos até jovens trainees, são capacitados para promover a mentoria profissional aos jovens. O voluntário escolhido para determinado estudante é baseado na semelhança de personalidade entre eles. E para ficar por dentro do programa, tanto o jovem quanto o voluntário recebem um guia de instruções. 

Outro ponto do programa é o fato de ser um projeto personalizado. Isso quer dizer que um voluntário fica exclusivamente com um estudante por quatro a cinco meses e mostra a vivência do que é estar dentro de uma empresa durante visitas coordenadas pelo voluntário. 

"É muito bacana ver o antes e o depois do jovem. Ele tem a autoestima trabalhada. Além das habilidades técnicas, como a questão de ensino de Excel, os voluntários orientam sobre questões comportamentais e culturais. Eles fazem simulação de entrevistas, por exemplo", afirma Tainá.  

Para Peterson Melo de Freitas, de 18 anos, atendido por um projeto social de São Paulo, o Projeto Arrastão, e que fez parte do primeiro ciclo do programa na capital paulista, o projeto deu um bom direcionamento profissional para ele. 

"A mentoria foi muito importante para mim, pois abriu minha cabeça e agora penso em qual faculdade fazer e ainda a necessidade de estudar inglês. Decidi que quero ser administrador de empresas. Meu mentor foi fundamental para mim e agradeço muito ele por isso", explica Peterson. 

Projeto virá para o Rio
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Após seis meses em São Paulo, o projeto vai desembarcar no Rio e também há expectativa de migrar para outros estados. "No Rio, estamos em conversa e a recepção das empresas tem sido ótima. O projeto consome pouco tempo do funcionário, que não trabalhará fora do expediente. É tudo no expediente", explica Tainá.
A primeira empresa a receber o projeto será a filial da Fesa no Rio, que será feito no mês de novembro. "Agora estamos à procura de qual organização social será atendida e quais serão os jovens escolhidos", revela Tainá. 
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Um dos mentores no Rio será Karim Warrak, vice-presidente e sócio na Fesa. "Estou animado para compartilhar experiência e apoiar o jovem no que for necessário. Estou devolvendo à sociedade o que eu aprendi na vida", afirma Warrak.
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