Mercado 'Mundo Trans' leva à Praça Mauá produtos criados por 15 marcas de expositores transexuaisDivulgação

A Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual, órgão ligado à Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro, irá celebrar no domingo, 29, o 1º Mercado Mundo Trans. O evento ocorrerá em celebração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, das 10h às 17h, na Praça Mauá, Centro do Rio. 
A feira irá contar com 15 barracas que irão mostrar produtos variados de diversos expositores transexuais. O objetivo é receber cariocas e turistas no Boulevard Olímpico para apresentar e lançar luz ao empreendedorismo praticado por pessoas trans.
Com entrada gratuita, o público que quiser passar o dia na zona portuária, irá encontrar produtos como turbantes, bolsas, roupas para bebês e crianças, canecas, squeezes, camisas, pantufas, ecobags, tatuagens e objetos de decoração.
“A CEDS tem investido no empreendedorismo, como uma ferramenta para a política de empregabilidade. Fazer uma feira para que essas empresas possam ampliar suas clientelas, crescer e se desenvolver, é a nossa intenção”, pontua Carlos Tufvesson, coordenador executivo da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio.
Para Andrea Brazil, idealizadora do projeto CapaciTrans, a chegada do 1º Mercado Mundo Trans é vista como uma importante iniciativa do poder público municipal. “Ter a possibilidade e a visibilidade desses talentos empreendedores, mesmo que devagar, com início em uma feira específica com serviços produzidos por pessoas trans, já começa a transformar o olhar da sociedade”, acredita.
Andrea ressalta que boa parte dessa população já é obrigada e imposta a comercializar seus corpos, objetos de fetiches de muita gente.
“Por isso, ela já é praticamente impulsionada a empreender: seja seu corpo, sejam seus talentos. Por que não transformar essa mola em um empreendimento formal? Esse é um dos pontos que destaco a importância da criação do 1º Mercado Mundo Trans", afirmou. 
Segundo levantamento realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), estudantes transexuais representam 0,1% do total dos alunos de universidades federais. No ensino básico, os números também são alarmantes: 72% da comunidade não-cis sequer possui o Ensino Médio completo e 56% concluiu o Ensino Fundamental.
A Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual, realiza o programa Diversidade Qualificada, de qualificação profissional, em parceria com o SENAC e projetos para garantia de direitos como o Garupa que, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e a Secretaria Municipal de Saúde, cadastrou mais de 1300 pessoas trans, para assegurar o acesso à proteção social e à rede pública de saúde.