Por leandro.eiro

Rio - O roubo de cargas no país tem afetado fortemente a economia brasileira. Este crime impacta negativamente o setor produtivo e a sociedade, com aumento do preço final das mercadorias. Se um produto é vendido sem comprovação de origem e a um preço muito abaixo da realidade do mercado, pode-se considerar que é proveniente de roubo. A população fluminense deve se conscientizar de que comprar mercadorias e alimentos roubados é crime e tem punição. Pela lei atual, a pena para quem for pego com produto roubado é de um a três anos de prisão. Já quem está comercializando pode ser condenado a oito anos.

Em cartaz%2C campanha contra a violência%2C em parceria que também envolve a Alerj e o Disque-DenúnciaDivulgação

campanha #naocompreviolencia

A Asserj vem liderando uma série de discussões e iniciativas para coibir essa prática no Estado do Rio de Janeiro, visando a segurança de seus colaboradores e cidadãos. Entre elas, o apoio à campanha #naocompreviolencia, lançada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em parceria com o Disque-Denúncia. O objetivo é conscientizar a população fluminense sobre o papel de cada cidadão no combate a um crime que virou uma verdadeira epidemia no estado. O cidadão deve ter noção de não comprar produtos alimentícios em camelôs sem nota fiscal, onde fica evidenciado que é proveniente de roubo.

Em 2017, a média de roubo de cargas é de 24 caminhões assaltados por dia. No entanto, dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que nos três últimos meses o roubo de cargas nas estradas federais que cortam o Rio de Janeiro diminuiu. Desde o início do segundo semestre deste ano, quando o reforço no patrulhamento das rodovias foi intensificado com a presença da Força Nacional, os roubos começaram a despencar: de 117 casos em junho para 37 roubos até 25 de agosto. Na Via Dutra, os roubos caíram 52%.

Integração entre forças de segurança

Ainda segundo a PRF, entre 15 de junho e 14 de julho, foram 57 casos. De 15 de julho a 17 de agosto, foram 27 ocorrências. Os números são os primeiros resultados da integração entre as Forças de Segurança estaduais e federais.

Com a prática do crime, a população enfrentou sério risco de desabastecimento e de se tornar refém do crime organizado, que controla o comércio local. A Asserj reforça o fato de a atividade supermercadista ser de extrema importância para a sociedade e a economia, prestando um serviço essencial: o abastecimento seguro da população. 

Quem assina a coluna é Fábio Queiroz, presidente da Asserj

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