Daniel Souza de Jesus, de 18 anos, recorreu ao programa e conta que conhecimentos adquiridos com a experiência deve ajudá-lo futuramente no mercado de trabalho - Arquivo Pessoal
Daniel Souza de Jesus, de 18 anos, recorreu ao programa e conta que conhecimentos adquiridos com a experiência deve ajudá-lo futuramente no mercado de trabalhoArquivo Pessoal
Por Larissa Esposito*

Às vezes a busca pelo primeiro emprego pode ser difícil para muitos rapazes e moças. Mas o programa Jovem Aprendiz foi a porta ideal para entrar no mercado de trabalho no caso de mais de 40 mil pessoas na faixa etária de 14 a 24 anos no Estado do Rio. O número é da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do ano de 2018. É a situação de Daniel Souza de Jesus, 18 anos, aprendiz na área administrativa.

"Na empresa em que trabalho, é costume ajudar quem procura o primeiro emprego, assim como foi comigo", conta.

Para ter a mesma oportunidade que Daniel, o jovem deve estar matriculado e cursando uma instituição educacional. "Assim, o interessado deve procurar uma instituição que possua a necessária qualificação para oferecer os programas", explica Paulo Pimenta, Superintendente do CIEE-Rio.

Conquistar uma vaga como jovem aprendiz não é nenhum bicho de sete cabeças, conforme explica Paulo Pimenta: "Como se trata de um primeiro contato com o mercado de trabalho, não há necessidade de demonstrar competências. Durante o curso de capacitação, o jovem receberá informações tanto no comportamento quanto na atividade".

O objetivo é "propiciar uma experiência profissional, que é também uma oportunidade de se qualificar", comenta Diego Santos, analista de projetos especiais da Firjan Sesi. "Tenho bastante oportunidade para aprender muito. Isso me agregou conhecimento e acredito que com essa experiência eu vou ter mais facilidade para achar estágios", afirma Daniel.

O que deve ser cumprido pela empresa
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Para as empresas, a Lei 10.097/2000 (referente ao programa Jovem Aprendiz) determina que, proporcionalmente ao número de empregados, seja destinado um percentual de 5% a 15% de vagas para aprendizes.
É obrigatório o pagamento de um salário mínimo (R$ 988) e de vale-transporte. Segundo o texto, o contrato não poderá ser estipulado por mais de dois anos.
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"As empresas precisam ter uma instituição parceira para oferecer a aprendizagem, autorizada pelo Ministério do Trabalho", explica Larissa Gonçalves, coordenadora de Recursos Humanos da Luandre. "Além disso, ter um plano de aprendizagem entre as diversas áreas dentro da empresa."
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Saiba onde fazer cadastro e participar do programa
O jovem interessado pode se encaminhar a algumas instituições que ajudam no processo de empregabilidade. Uma delas é o CIEE-Rio, que está com 344 vagas abertas durante essa semana para o programa de Jovem Aprendiz. Para se inscrever, basta comparecer a uma unidade do CIEE ou acessar o site www.ciee.org.br.
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Outro meio é o Senac-RJ. Quem for matriculado em um dos cursos de Aprendizagem da entidade, em diversas áreas, recebe formação técnico-profissional em conjunto com a empresa contratante. Para mais informações, entre no link https://www.rj.senac.br/jovem-aprendiz/.
Na Firjan, "o jovem deve cadastrar seu currículo em bancos de dados e ficar de olho nos editais de chamadas públicas, alguns dos quais são divulgados pelo Senai quando a empresa solicita que a instituição faça o processo seletivo", como informa Diego Santos, analista da Firjan Sesi.
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Experiência abre possibilidades profissionais
Mariana Pereira é jovem aprendiz na área administrativa
Mariana Pereira é jovem aprendiz na área administrativaArquivo Pessoal
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"Para não ficar parada, entrei no programa Jovem Aprendiz", revela Mariana Pereira, de 21 anos, e que trabalha na área administrativa. "A experiência está sendo excelente, me tirando totalmente da zona de conforto e me colocando em desafios profissionais que nem imaginava, fazendo eu confiar mais em mim e no meu profissionalismo. Estou me preparando na prática para o mercado de trabalho", afirma.
Mariana é mais um exemplo de como a aprendizagem acrescenta para o futuro trabalho. Assim como Daniel Souza de Jesus, a jovem conta que as primeiras oportunidades aparecem com os resultados do programa.
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"Todas as pessoas deveriam ser jovem aprendiz, pois agrega muito na vida profissional. Além disso, é de algumas empresas que nos preparou que surge a chance do primeiro emprego integral", estimula.
Porém, mesmo assim, ainda é necessário estar atento a algumas dicas para se sair bem e quem sabe conseguir uma vaga de estágio ou até mesmo efetivação na empresa.
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"Cumprir as regras e procedimentos estabelecidos pela instituição e empresa ajudam a mostrar que é um bom jovem aprendiz", aconselha Larissa Gonçalves, coordenadora de Recursos Humanos da Luandre. "Precisa também ter disponibilidade de ajudar as áreas e estar disposto a conhecer diversas e atividades".
Quanto à possibilidade de estagiar na empresa, para conseguir a vaga é necessário ter um bom relacionamento com as pessoas do ambiente de trabalho. Assumir riscos também é legal. Ao término do contrato, é importante informar ao gestor sobre a intenção de assumir um estágio, de acordo com Larissa Gonçalves.
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