Aluno deve ser o foco das iniciativas de educação - Reprodução da internet
Aluno deve ser o foco das iniciativas de educaçãoReprodução da internet
Por Carolina Pavanelli

Em qual escola devo matricular meus filhos? Devo optar por um colégio que preze pela formação humana, ou por um que prepare para o vestibular e o Enem? O que é melhor para nossos jovens: saber a tabuada, ou o desenvolvimento de pensamento crítico? Questionamentos como esses perpassam a cabeça dos brasileiros que entreouvem os noticiários e se confundem com o turbilhão de informações - e opiniões disfarçadas de informações - que são ditas por aí. Em meio a tanto falatório, esquece-se de pensar no essencial: educação para quem?

Em 2000, foi criado o Pisa, prova que avalia alunos de diversos países com o objetivo de produzir indicadores para subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. As avaliações acontecem a cada três anos e abrangem três áreas do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências. Foi quando subiu ao palco a Finlândia, um país pequenino, e mostrou que, a partir de práticas pouco ortodoxas, existem sim outras formas de educar crianças. Isso fez com que diversos países repensassem suas práticas - e o ranking mudou.

Em 2015, foi Cingapura que despontou na frente. Ainda assim, os questionamentos continuam: até que ponto um ranking oferece a realidade da educação de um país? As crianças finlandesas se tornaram "piores" que as de Cingapura?

Por aqui, nossa melhor colocação foi 59º - em leitura. Na ocasião da divulgação desse resultado, muitos foram os especialistas que disseram que a criação de políticas como a BNCC ajudarão o Brasil a virar o jogo. Mas um lugar melhor no PISA necessariamente indicará uma melhoria na educação para todos os nossos jovens em idade escolar? Entre projetos de "Escola Sem Partido" e Reforma do Ensino Médio, em quem estamos realmente pensando ao tomar essas decisões?

Não existe educação perfeita. O que existe é a necessidade de endereçar toda e qualquer decisão educacional para aqueles que irão usufruir dela, entendendo que as necessidades dos alunos atuais não são as mesmas que existiam na época em que os hoje grandes tomadores de decisão no país sentavam em sala de aula. É importante continuarmos sempre questionando a educação a fim de adapta-la às demandas contemporâneas, mas sempre pensando naquele que, de fato, precisa ser o protagonista disso tudo: o aluno.

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