"Não dá pra afirmar que sim ou que não, mas eu diria que esse tipo de problema pode ter ocorrido, sim, no passado", afirmou, nesta terça-feira. Weintraub voltou a tratar os erros como "susto" aos candidatos que precisaram ter as notas revistas e destacou que, na prática, 5,1 mil alunos foram afetados. Os demais fizeram o exame como treineiros.
Na abertura do pronunciamento, o ministro disse que um dos objetivos da ida dele à Comissão do Senado era "quebrar a chuva de fake news que novamente se abateu sobre o MEC".
Ele dividiu em três grupos as pessoas que procuraram o MEC para se queixar de problemas no exame: "militante, que se fazia passar por um aluno, entrava colocando terror na rede, e a gente descartava"; "pessoas que não estavam entendendo o processo, e nós orientamos as pessoas a fazer os procedimentos corretos"; e o grupo de "alunos que foram mal, mas disseram que a culpa era do Weintraub. Os pais nos procuraram, nós checamos as provas e vimos que havia tirado a nota mesmo".
As falhas registradas no Enem lançaram dúvidas sobre a permanência de Weintraub no cargo. O chefe da Casa Civil, ministro Onyx Lorenzoni, e o presidente Jair Bolsonaro descartaram a demissão dele. O ministro chegou à sala das comissões acompanhado pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Por causa do desgaste com o exame, a atual gestão do MEC é criticada no Congresso desde a retomada dos trabalhos legislativos, na semana passada. Na Comissão de Educação, Weintraub faz uma explanação de 30 minutos. Em seguida, responderá a perguntas feitas por senadores.