Especialistas discutem propostas para geração de empregos de presidenciáveis em debate do DIA em parceria com a CFA - Reprodução vídeo
Especialistas discutem propostas para geração de empregos de presidenciáveis em debate do DIA em parceria com a CFAReprodução vídeo
Por O Dia

Rio - O terceiro debate do DIA em parceria com o Conselho Federal de Administração (CFA), nesta segunda-feira, discutiu pontos propostos por presidenciáveis sobre a geração de empregos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego atinge 12,9 milhões de pessoas no Brasil.

Na discussão, foram abordados assuntos como investimento em infraestrutura, inovação e tecnologia, redução da máquina estatal, Reforma Trabalhista, políticas públicas e estímulo ao empreendedorismo, além da viabilidade econômica das metas dos cinco candidatos melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto — Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Fernando Haddad, Marina Silva e Geraldo Alckmin.

O debate, que foi acompanhada ao vivo pelos leitores através das redes sociais do jornal e do CFA, contou com Bianor Scelza Cavalcanti, presidente da International Association of Schools and Institutes of Administration e diretor Internacional da FGV e Elizabeth da Costa Bastos, mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial. Como especialista, O DIA trouxe o professor de Economia da Uerj, Bruno Leonardo Barth Sobral, e o editor de economia, Max Leone, mediou a discussão.

Nesta terça-feira, acontecerá o último painel com as propostas de Gestão dos candidatos, com a administradora Mara Biasi e o professor da Uerj Mauro Osório. A mediação será do jornalista Paulo Capelli.

O tema do primeiro debate foi Segurança Pública; assista os vídeos. Já o segundo foi sobre as propostas dos presidenciáveis no Combate à Corrupção; confira. Todos os painéis são transmitidos ao vivo pelas redes sociais do jornal e do CFA.

Assista aos vídeos sobre Geração de Empregos! 

Para os especialistas, o investimento em infraestrutura pode trazer respostas rápidas para a geração de empregos. "É uma agenda que está aí algumas décadas e o desafio é como destravar este setor. O investimento garante uma resposta rápida de inserção de mão de obra", explica Bruno.

"Eu não tenho dúvidas que investir em infraestrutura é um caminho positivo. As estradas e os portos não chegaram ao nível da produção nacional. Estrutura em transporte é fundamental", completa Bianor.

Segundo Elizabeth, outro ponto importante para a geração de empregos é o investimento em pesquisa, tecnologia e inovação. Já sobre o empreendedorismo, a mestre em administração diz que pode ser um impulso para a economia, mas exige cautela e cuidados dos presidenciáveis. 

"Se a iniciativa for feita com suporte, com estrutura e com institutos de pesquisa pode ser uma alternativa. O Brasil tem um alto nível de pessoas voltadas para o empreendedorismo no mercado informal. Você tem que trazer as pessoas para o mercado formal. Com estímulo, isso pode gerar renda", afirma. 

Bruno, por sua vez, alerta que empreendedorismo deve ser diferenciado do subemprego. "Há necessidade de atenção ao emprego precarizado disfarçado de empreendedorismo", comenta. De acordo com o professor de economia, é preciso investir em inovação, fomento e qualificação de profissionais nacionais. 

Em algumas propostas aparece importação de mão de obra para avanços na produção tecnológica brasileira, porém, os especialistas ressaltam a formação dos pesquisadores de instituições nacionais. "Mais do que trazer cérebros é preciso evitar a fuga de cérebros brasileiros para o exterior", ressalta Bruno. 

"O desafio é investir em tecnologia e produção de conhecimento, além de aplicá-lo na economia, fomentar as pesquisas para produção de inovação local", completa. 

Sobre a retomada e ampliação de programas sociais, Elizabeth diz que pode funcionar a curto prazo. "Os programas vão trazer empregos, mas é preciso pensar também a longo prazo", afirma. Já Bruno, lembra da Reforma Trabalhista, que de acordo com o economista é outro ponto fundamental.

"Foi uma reforma mal feita e precisa ser revista. O teto de gastos colocou uma restrição que é uma bomba relógio. Você não tá congelando gastos, você tá reduzindo gastos", diz o professor. "A reforma trouxe um novo olhar, mas não trouxe uma geração de emprego que a acompanhasse", comenta Elizabeth. 

O professor de economia lembra também que o teto de gastos deve exigir atenção dos presidenciáveis. "A dívida pública aumentou, foi criada uma restrição que não resolve o problema."

"A questão do investimento público é fundamental. Atualmente temos a menor a taxa de investimento e isso gera consequências. O BNDES ele é um instrumento importante para o desenvolvimento. É uma oportunidade de alavancar iniciativas a longo prazo. Esse banco deve ser focado como financiamento, existem outras formas, mas ele é fundamental", conclui Bruno.

 

 

 

Você pode gostar