MBL publica vídeo de direito de resposta de Jaques Wagner (PT-BA)Reprodução/ Facebook
Por O Dia
Publicado 11/09/2018 18:31 | Atualizado 11/09/2018 18:59

Rio - A páginas do Movimento Brasil Livre (MBL) no Facebook publicou na tarde desta terça-feira um vídeo produzido pelo candidato ao Senado e ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT-BA). A publicação também está nas contas de Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL e candidato a deputado federal pelo DEM e do vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM).

O vídeo ganhou espaço nas páginas depois que o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) concedeu direito de resposta ao ex-ministro petista contra o MBL e dois de seus líderes, Kataguiri e Fernando Bispo, conhecido como Fernando Holiday, por difusão de notícia falsa.

No dia 13 de agosto, as três páginas divulgaram que Wagner teria sido vaiado e ofendido durante um "trumpetaço" em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizado dois dias antes em um shopping em Salvador. O ex-ministro, no entanto, nem mesmo estava no local no dia da manifestação.

Confira o vídeo:

No vídeo de 30 segundos de duração, a campanha diz que o MBL teve 'centenas de páginas removidas pelo Facebook por espalhar fakenews' - foram 196 páginas e 87 contas ligadas ao grupo removidas em julho pela rede social. A publicação também diz que a propagação da notícia falsa é um desrespeito à Democracia e às pessoas que seguem a página. "O MBL, Kataguiri e Holiday, voltam a ser penalizados pela Justiça por divulgar vídeo com ofensas e mentiras contra Jaques Wagner.Você vai realmente continuar curtindo esse tipo de coisa?", diz a mensagem. 

Em sua sentença, divulgada no dia 24 de agosto, a desembargadora Gardenia Pereira Duarte, relatora do caso, disse que os autores de postagens têm a obrigação de checar a veracidade daquilo que publicam.

"As postagens em redes sociais, via de regra, são responsabilidade do titular do espaço, a quem, incumbe o ônus de checar a veracidade das informações que apresenta a seus seguidores. A crítica amparada em fatos e opiniões reais, exposta de maneira regular, é parte da disputa democrática, no entanto, quando o ponto de vista exposto ao público destoa destas balizas, compete ao Poder Judiciário, quando provocado, reparar os danos eventualmente causados às partes", diz a sentença.

O movimento argumentou que somente compartilhou um vídeo "viralizado" da internet e apagou a postagem minutos depois. Segundo o MBL, o PT quer utilizar as redes do movimento para difundir sua mensagem.

O coordenador da campanha de Wagner, Eden Valadares, disse que a sentença do TRE-BA tem teor didático. "Isso não pode virar regra Não pode ser normalizado. Por isso foi importante essa decisão logo de saída", afirmou Valadares.

Facebook retirou páginas do grupo

No final de julho o Facebook removeu 196 páginas e 87 contas ligadas ao MBL, que segundo a empresa "escondiam das pessoas a natureza e origem de seu conteúdo" e tinham o propósito de gerar "divisão e espalhar desinformação". 

Na época, o MBL divulgou nota em sua página no Facebook afirmando que diversos coordenadores do movimento tiveram as contas retiradas do ar nesta manhã. O movimento disse que considera absurdo o entendimento de que as contas eram falsas. 

*Com Estadão Conteúdo

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