Eduardo Paes (DEM) e Wilson Witzel (PSC) se enfrentam em primeiro debate do segundo turno - Maíra Coelho / Agência O Dia
Eduardo Paes (DEM) e Wilson Witzel (PSC) se enfrentam em primeiro debate do segundo turnoMaíra Coelho / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Após o debate entre os candidatos Eduardo Paes (DEM) e Wilson Witzel (PSC), na TV Bandeirantes, nesta quinta-feira, o candidato democrata atacou e chamou o adversário de "sem experiência, holograma e personagem que não sabemos quem é". Após o enfrentamento, que aconteceu na Casa Firjan, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, Paes falou com os jornalistas. O político negou que surfa na onda do candidato a Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e disse que "não precisa de bengala política" para ser eleito no estado.

"Essa candidatura tem cara, nome e não se esconda atrás de ninguém. Estamos elegendo um governador e não alguém para representar um Presidente da República. Eu tenho muito boa relação com o Jair, mais do que o outro candidato. Temos que ter uma relação institucional com o presidente que for eleito", disse Eduardo Paes que atacou: "Eu não preciso de bengala (política) para ser eleito".

Perguntado sobre uma possível decisão de Jair Bolsonaro em não apoiar nenhuma das candidaturas, Paes foi enfático. "Fico feliz com a independência dele em não apoiar ninguém. Gostaria que ele votasse em mim", brincou o político.

Segundo Eduardo Paes, Wilson Witzel não tem experiência na vida política. "A gente não pode votar em holograma ou personagem que não sabemos quem é. Muita gente votou (no Wilson) sem saber quem é. O meu partido e minha nação é o Rio de Janeiro. Quero ajudar esse estado. Estou buscando me apresentar e não vou usar ninguém para me puxar. Vou usar as minhas próprias pernas mostrando o que já fiz (na Prefeitura do Rio).

O candidato democrata voltou a atacar Witzel quando indagado sobre uma possível voz de prisão (durante algum debate). "Sobre receber voz de prisão? Não tenho e não tive medo nenhum. Está claro que alguém deve ter dado uma aula para ele (não fazer isso no debate). Ele é autoritário, sim, e dá carteirada. Ontem, o candidato adversário insistiu em dizer que, podia sim, em caso de injúria haver prisão. A carteirada e o autoritarismo não vai funcionar. A gente precisa de candidato que dialogue. Se eu — que já fui prefeito, deputado federal — recebo esse tipo de ordem, imagina a pessoa mais pobre? Imagina um cidadão humilde, de uma comunidade e com dificuldades? Os personagens se revelam nos debates. Há anos respondo os questionamentos e ele tem que aprender a ser indagado", afirmou Paes. "Eu nunca tive por parte dele ameaça de carteirada. Debati com ele várias vezes, discordamos, mas nunca fui ameaçado de prisão. Sempre foi um debate democrático. E é isso que queremos para o Brasil e para o Rio", destacou.

"Amarelou"

Paes disse que o oponente "amarelou" ao sair do Espírito Santo, após ser ameaçado de morte, e vir para o Rio de Janeiro trabalhar em uma Vara de Fazenda. "Quando uma pessoa diz que vai combater o crime e pede para sair, amarela. Se ele tivesse vindo para a Vara Criminal do Espírito Santo para o Rio até dava para explicar a fuga. Mas para uma Vara de Fazenda? Ele assumiu que teve medo. Agora vir dar um de valentão?", debochou.

Eduardo Paes insinuou que Wilson Witzel teria relações espúrias com alguns políticos. "Todos conhecem a minha relação política. Agora temos que conhecer as relações dele. Pastor Everaldo, membros do PSC que me causam uma certa espécie, Nelson Bornier . A gente vai vendo personagens da política tradicional que estão conduzindo a campanha desse outro candidato. Pastor Everaldo é muito amigo do Eduardo Cunha. São essas pessoas que estão com ele", destacou.

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