Especialistas alertam sobre efeitos nocivos - Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Especialistas alertam sobre efeitos nocivosMarcello Casal Jr. / Agência Brasil
Por MARTHA IMENES

RIO - Os fraudadores não se cansam de usar o WhatsApp para tentar ludibriar e aplicar golpes. São mensagens oferecendo vantagens que vão desde saque de cota do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), promoção de camiseta, cupons em redes de fast-food e em lojas de cosméticos, entre tantas outras possibilidades. Especialistas alertam que os usuários devem desconfiar e não clicar nos links. As promessas são falsas e expõem as pessoas a sérios riscos para seus dados.

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Uma das mensagens nos últimos meses era atraente diante de um universo de 13 milhões de desempregados. Nela, era oferecida aos cotistas do FGTS a oportunidade de sacar R$ 1.760. Houve mais de 600 mil compartilhamentos da informação.

Outra oferecia cupons de descontos em promoções "imperdíveis". As mais conhecidas são da loja do O Boticário e do restaurante Burger King, sem contar nas passagens aéreas gratuitas da viação Gol.

A dica de especialistas é uma só: não clique e não compartilhe. As mensagens podem conter um programa espião (malware) que será instalado no telefone sem que o usuário saiba e roubará dados pessoais, logins, senhas, fotos, entre outras informações.

"Desconfie sempre de ofertas de dinheiro que pode entrar no bolso de forma fácil", alerta Camillo Di Jorge, especialista de segurança da informação da Eset no Brasil. "Não clique nem mesmo abra mensagens suspeitas. Além disso, para proteger amigos e parentes, não compartilhe publicações deste tipo. Mesmo não realizando a propagação de um malware, esses ataques podem causar prejuízos financeiros às vítimas", diz Di Jorge.

Em todas as mensagens, seja de cupom ou de anúncios, a premissa é que para receber o benefício o usuário precisa compartilhar a mensagem. Normalmente o link leva o usuário a página de cadastro. Nela são pedidos dados pessoais e outras informações.

Trio desviou R$ 400 milhões

Um típico caso de como links maliciosos que roubam senhas bancárias é "mina de ouro" na mão de falsários é o de um trio preso em São Paulo no último dia 10. Os supostos cibercriminosos teriam desviado cerca de R$ 400 milhões, capturando informações de clientes de bancos, via internet banking e cartões de crédito. A cifra foi arrecadada em um ano e meio, segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo.

Um dos presos na operação, inclusive era conhecido nas colunas sociais como "investidor do mercado financeiro". Segundo a polícia, o trio golpista é apontado como o principal operador de fraudes contra clientes de estabelecimentos de crédito e bancários.

O suposto esquema permitia que os acusados mantivessem vida "de ostentação" com carros de luxo e gastos milionários bancados por golpes via celular.

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