Fernando Haddad participa de sabatina no SBT após Bolsonaro não comparecer no debateReprodução TV/ SBT
Por O Dia
Publicado 17/10/2018 19:59 | Atualizado 17/10/2018 23:19

Rio - O candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), participou de uma entrevista no SBT após seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), não aceitar comparecer ao debate organizado pela emissora.  Na entrevista, que foi ao ar na noite desta quarta-feira, o petista atribuiu a Bolsonaro a replicação de notícias falsas sobre ele. 

"O meu adversário tem feito uma prática muito vil que é atribuir a mim conteúdos que não são realidades. Ele foi condenado pela Justiça a parar de falar que eu distribuí material impróprio para crianças nas escolas. O Tribunal Superior Eleitoral classificou como mentirosa tal afirmação e ele foi condenado. Ele tem mudado o conteúdo dos meus livros e usando as capas para atribuir informações a mim. Recentemente, divulgou um vídeo dizendo que sou dono de uma Ferrari, sendo que nem carro eu tenho. Ando de metrô, de bicicleta e de Uber. Meu adversário está adotando práticas que em uma campanha é muito grave", contestou Haddad.   

Polêmica com Cid Gomes

O candidato também comentou sobre o episódio com Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, que foi filmado tecendo críticas ao Partido dos Trabalhadores. "Foi (o comentário) no calor de uma discussão. Um bate boca. Depois, o Cid mandou um vídeo para nós a favor da minha candidatura". 

Mea culpa

Haddad também comentou que acha correto admitir erros e falou sobre os erros econômicos do governo Dilma. "Tivemos dois períodos. O que eu vivi foi o que criamos empregos. Depois, desoneramos as empresas de pagar impostos imaginando que elas iam criar empregos, o que não aconteceu."  

Mudança na campanha

Representante do PT na disputa à presidência, Haddad também falou sobre a mudança nas cores da campanha: o partido passou a usar as cores verde e amarelo, ao invés do vermelho, e retirou o nome de Lula. "Nas quatro vezes que fomos para o segundo turno mudamos um pouco do design porque o segundo turno é uma ampliação', explicou. 

Sondagens 

Questionado sobre as alianças políticas que tem conquistado e o que isso trará de benefícios para o povo brasileiro, Haddad comentou que sondou pessoas que ele respeita. "Visitei o Joaquim Barbosa pela sua história. O Mário Sergio Cortella sempre foi um interlocutor permanente meu e é natural que queira ouví-lo sobre um futuro nome para educação".

Ainda segundo o petista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está em uma saia justa. "O FHC está em uma sai justa, pois alguns candidatos ao governo do estado não me apoiam. Mantenho uma relação cordial e responsável com ele. Mas todos aqueles de boa fé e que lutaram pela redemocratização do país assinaram um manifesto de apoio a minha candidatura". 

Benefícios sociais 

Durante a entrevista, Haddad destacou os benefícios conquistados quando ele foi Ministro da Educação, nos governos Lula e Dilma. "Os programas que criei permitiram que jovens de baixa renda entrassem na universidade. Prouni, Fies sem fiador... Levei universidades federais a 126 cidades brasileiras, além de criar 214 escolas técnicas em cidades médias". 

Segurança Pública

Sobre as propostas para melhorar a questão da falta de segurança pública no país, Haddad comentou que pretende que parte dos crimes passem a ser de responsabilidade da Polícia Federal. "A gente não está jogando duro contra o crime. Só 8% dos crimes são resolvidos. Se a PF entrar para combater o crime organizado, as polícias civil e militar poderão atuar na investigação e solução de outros casos". 

Sérgio Moro e a Lava Jato

 Quando perguntado se o juiz Sérgio Moro ajudou o Brasil com a operação Lava Jato ou perseguiu o PT e o ex-presidente Lula, Haddad afirmou que "no geral ele ajudou". "Em relação a sentença do Lula acho que tem um erro que vai ser corrigido pelos tribunais superiores porque ele não apresentou provas contra o presidente. Mas, no geral, acho que o Sérgio Moro fez um bom trabalho embora acho que ele tenha soltado precocemente os empresários e liberado o dinheiro roubado para os empresários gozarem a vida. Então, no geral, o saldo é positivo, mas há reparos a fazer".

Confira a entrevista na íntegra: 

 

 

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