Número de Flavio Bolsonaro foi banido de usar WhatsAppMaí­ra Coelho/Agência O Dia
Por O Dia
Publicado 19/10/2018 13:52 | Atualizado 19/10/2018 14:26

São Paulo - O senador eleito Flavio Bolsonaro, filho do candidato do PSL à Presidência Jair Bolsonaro, foi banido do WhatsApp. Ele compartilhou em suas contas no Twitter e no Facebook a notificação recebida ao tentar entrar em sua conta. Flavio foi eleito senador pelo Rio no último dia 7 de outubro. Em seguida, ele disse que sua conta foi restabelecida.

"Meu telefone, cujo WhatsApp foi bloqueado, é pessoal e nada tem a ver com uso por empresas. O próprio WhatsApp informou que o bloqueio foi há dias, antes da Fake News da Foice de SP. Agora já foi desbloqueado, mas ainda sem explicação clara sobre o porquê da censura", escreveu.

Mais cedo, ele havia se dito vítima de perseguição. "A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido DO NADA, sem nenhuma explicação! Exijo uma resposta oficial da plataforma", escreveu, acusando a Folha de S.Paulo de fazer FakeNews.

Senador eleito Flavio Bolsonaro se disse perseguido no Twitter, após compartilhar a notificação de que foi banido do WhatsAppReprodução/ Twitter

 

 

Na quinta-feira, a Folha de S.Paulo revelou que empresas bancaram uma campanha de mensagens anti-PT com pacotes de disparos em massa.A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. Segundo a reportagem, as empresas utilizavam números de celulares estrangeiros obtidos pela internet para burlar as normas do aplicativo.

O comportamento, segundo o WhatsApp, fere as regras do aplicativo. O envio de mensagens com conteúdo eleitoral não é ilegal. Para isso, é necessário que os candidatos entregam os telefones e uma lista de apoiadores que voluntariamente os cederam seus dados.

No entanto, há a suspeita de que as agências venderam bases de usuários de terceiros, segmentadas por região e perfil, de origem desconhecida - o que é ilegal.

O WhatsApp informa que baniu proativamente centenas de milhares de contas durante o período das eleições no Brasil. "Temos tecnologia de ponta para detecção de spam que identifica contas com comportamento anormal para que não possam ser usadas para espalhar spam ou desinformação", disse o porta-voz do aplicativo. A empresa informou ainda que toma medidas legais imediatas para impedir empresas de enviar mensagens em massa via WhatsApp e já baniu contas associadas à essas empresas. 

A empresa reforça que leva a denúncia feita pelo jornal Folha de S.Paulo na quinta-feira a sério, já baniu diversas contas de empresas que disparam mensagens em massa. "Estamos comprometidos a reforçar as políticas do WhatsApp igualmente e de forma justa para proteger a experiência do usuário", escreveu. 

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