Presidente do TSE, Rosa WeberDivulgação / TSE
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 22/10/2018 16:48 | Atualizado 22/10/2018 16:48

Brasília - A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, e presidentes de tribunais regionais eleitorais de todo o País (TREs) assinaram nesta segunda-feira uma "carta à nação brasileira" em que defendem o sistema eletrônico de votação, rechaçam qualquer possibilidade de a urna completar automaticamente o voto do eleitor e conclamam a sociedade brasileira para atuar em prol do respeito às instituições.

Rosa se reuniu na manhã desta segunda-feira com presidentes dos TREs para discutir, entre outros temas, as fake news disseminadas contra as urnas eletrônicas, que pretendem atingir a imagem da Justiça Eleitoral.

Na carta, a Justiça Eleitoral - por meio da presidente do TSE e dos presidentes dos TREs - vem a público reafirmar a "total integridade e confiabilidade das urnas eletrônicas" e informar que a urna brasileira "é totalmente segura".

O documento ressalta que a urna não está conectada à rede mundial de computadores, além de contar com oito barreiras físicas e mais de 30 barreiras digitais que inviabilizam ataques de hackers e invasão cibernética.

A "carta à nação brasileira" enfatiza que a Justiça Eleitoral realiza testes e auditorias que comprovam a "transparência e absoluta confiabilidade do sistema eletrônico" e sustenta que "não existe a possibilidade da urna eletrônica completar automaticamente o voto do eleitor".

No dia 7 de outubro, quando foi realizado o primeiro turno, circulou um vídeo em que um homem aperta o número "1" em uma urna eletrônica e diz que, mesmo sem apertar o "3", aparece a foto e o nome do candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad. O TRE de Minas Gerais esclareceu horas depois que a filmagem não mostra o teclado por completo e o vídeo passou por uma edição.

Além disso, em transmissão ao vivo nas redes sociais no mês passado, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse que as eleições 2018 podem resultar em uma "fraude" por causa da ausência do voto impresso.

"Essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta", afirmou Bolsonaro na ocasião, sem explicar como isso ocorreria.

Respeito

Na "carta à nação brasileira", a Justiça Eleitoral conclama a sociedade para atuar em prol da manutenção do Estado Democrático de Direito, "com respeito às instituições, dentre as quais a Justiça Eleitoral, que é a responsável por assegurar a legitimidade do processo eleitoral brasileiro".

"Diante do exposto, conclama-se a nação brasileira a apoiar as diretrizes expostas na presente Carta, multiplicando esforços para garantir a manutenção dos direitos duramente conquistados que asseguram a concretização do processo eleitoral transparente, seguro, justo e democrático em cada eleição periodicamente realizada pela Justiça Eleitoral", finaliza o documento.

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