Vice-presidente Hamilton MourãoRenato Gizzi / Agência O Dia
Por O Dia
Publicado 03/11/2018 03:00 | Atualizado 03/11/2018 08:43

Rio - A proposta alternativa de Reforma da Previdência apresentada ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) que, entre outros pontos, faz as mulheres trabalharem mais para se aposentar e também inclui os militares em um sistema unificado recebeu críticas do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB). Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da 'Folha de SP, o militar reclamou e afirmou que "esse troço não funciona", sobre a possibilidade deles se aposentarem mais cedo, aos 45 anos.

Conforme O DIA informou ontem, pela proposta gestada pelos economistas Armínio Fraga e Paulo Tafner e encaminhada a Bolsonaro, militares das Forças Armadas, que ficaram de fora da PEC 287 parada no Congresso, não precisam cumprir idade mínima, mas receberão benefício proporcional ao tempo de serviço.

Quem migrar à reserva cedo deixará de ganhar parte do valor da ativa. Outro ponto que atinge em cheio o bolso da caserna é a alíquota previdenciária, que passará de 7,5% para 11%, sendo aumentada meio ponto percentual a cada ano.

De acordo com a colunista, Mourão argumentou que "com 45 anos, (o militar) nem chegou a coronel. Como vai mandá-lo para casa?", ressaltando ser "preciso conhecer as especificidades da carreira".

A reação veio também do ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, que garantiu que as Forças Armadas apresentarão uma proposta de Reforma da Previdência. Ele disse que o estudo estaria pronto para ser apresentado ao presidente eleito. A ideia seria ampliar de 30 anos para 35 anos o tempo de permanência dos militares na ativa.

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