Programa de Crivella mostrou cena em que dançam abraçados - reprodução TV
Programa de Crivella mostrou cena em que dançam abraçadosreprodução TV
Por O Dia
Rio - Durante a última semana de Horário Eleitoral Gratuito, que encerrou-se na quinta-feira, os candidatos à prefeitura do Rio procuraram se aproximar mais ainda de seus públicos, e também - em alguns casos - procuraram mirar bastante no eleitor indeciso, que ainda está em busca de uma opção para tirar determinado candidato do segundo turno.

Benedita da Silva (PT), por exemplo, disse textualmente que queria falar com o eleitor que estava decidindo em quem votar, e se apresentou como uma candidata que morou na favela e sabe "o que é passar necessidade e sofrer com descaso do poder público". Temas como o racismo e o direito do trabalhador também surgiram nas últimas campanhas da candidata, além de críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao candidato à reeleição à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos).
Em vários programas apresentados ao longo da semana, Luiz Lima (PSL) procurou mirar no eleitor de direita  que está descontente com a prefeitura de Marcelo Crivella, contando com a ajuda de seu vice, delegado Fernando Veloso. Fernando exortou os eleitores a investir numa chapa "conservadora e de direita" para "vencer a esquerda no segundo turno", além de reclamar das prefeituras de Eduardo Paes (DEM) e Crivella. Também disse que iria criar a Polícia Municipal do Rio, com 1.500 fortemente armados, e mais policiais, além de fuzileiros da reserva, em ônibus que passam por áreas perigosas.

Martha Rocha (PDT), por sua vez, investiu durante a semana no slogan "tire o Crivella do segundo turno, vote 12", dizendo que "depois de tanta luta não é um malandro que vai me intimidar". A candidata, que aparece desde o mês passado tecnicamente empatada com Crivella, apenas atrás de Eduardo Paes, também disse ter sido a primeira mulher a comandar a Polícia Civil no Rio e lembrou ter comandado a CPI do feminicídio.

Eduardo Paes (DEM), ao longo da semana, procurou focar em depoimentos de pessoas que se sentiram beneficiadas com melhorias feitas por seus períodos à frente da prefeitura do Rio. Também lembrou das perdas que os cariocas tiveram com a pandemia e das melhorias que ele pretende fazer na área da saúde caso seja eleito.
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Marcelo Crivella, ao longo da última etapa de Horário Eleitoral Gratuito, focou em sua ligação com o presidente Jair Bolsonaro. O presidente chegou a aparecer pedindo votos para ele no programa de TV. Crivella também exibiu vídeo em que Bolsonaro fala sobre as coincidências que unem os dois, e em que diz ser movido "pelo mesmo sentimento que moveu o presidente Bolsonaro ao acordar na UTI após ser esfaqueado".