Eduardo Paes visita Campo Grande. O ex-prefeito está na liderança das intenções de votos  - LUCIANO BELFORD
Eduardo Paes visita Campo Grande. O ex-prefeito está na liderança das intenções de votos LUCIANO BELFORD
Por MARTHA IMENES
Os dez últimos dias de campanha para o segundo das Eleições 2020 para a Prefeitura do Rio foi recheada de acusações e defesas dos dois candidatos, enxurrada de fake news, como o kit gay e pedofilia nas escolas, divulgação de acordos inexistentes, como o de Eduardo Paes (DEM) com o Psol, que o prefeito Marcelo Crivella, do Republicanos fez. Houve citação de obras realizadas, as que deveriam ser feitas, as que foram divulgadas, mas não estão em andamento (um exemplo? A do Distrito Industrial de Santa Cruz), e até propaganda de inauguração de obra que já existia.

Esses dias foram marcados também por muito xingamento, um show de palavrões em vídeos. Quem não lembra dos ataques de Crivella ao governador de São Paulo, João Doria? O eleitor do Rio de Janeiro merece mais respeito e deveria ter vivenciado uma campanha com mais lisura e transparência. É de lamentar...

Inclusive, o ex-prefeito Eduardo Paes denunciou na última terça-feira que membros da Igreja Universal comparam exemplares de <cstyle:\_NEGRITO\_SERIFA>O DIA nas bancas para evitar que os eleitores vissem a manchete. Nela, o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe (DEM), disse estar "horrorizado com as mentiras deslavadas" de Crivella. Em vídeo, o vereador Jorge Felippe afirma que Crivella mentiu em debate da TV Band sobre projeto de lei que diminui IPTU: "Não fica bem um homem da sua posição mentir descaradamente".
Corpo a corpo
Além de tanto bate-rebate, os candidatos do DEM e Republicanos fizeram corpo a corpo no Rio. Ambos viram de perto a população e os problemas da cidade. Os principais desafios que vão são a revitalização da economia, a saúde, educação e os transportes, todos estão precários.
Os candidatos realizaram carreatas, cumprimentaram eleitores, comeram churrasquinho na rua, visitaram comunidades, feiras livres e parques, entre outros lugares.
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Debate na Band
No debate, Crivella intensificou os ataques à gestão de Eduardo Paes, que o chamou de "pai da mentira", e contestou as pesquisas de intenção de voto. Atrás de Paes, a quem Crivella chamou de "madrinha da mentira", adotando um tom homofóbico e desrespeitoso, como fez com Doria.

Na pesquisa Datafolha, Crivella teve 30% das intenções de votos válidos o ex-prefeito Paes ficou com 70% no levantamento divulgado dia 26passado.

Para tentar reverter esse quadro o bispo licenciado da Igreja Universal afirmou que vai buscar alianças com partidos conservadores. É importante destacar que o candidato derrotado Luiz Lima (PSL), ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, disse que não irá apoiá-lo. Aliás, o presidente disse que não vai vir ao Rio.

"Vou procurar os candidatos que são conservadores, de direita. Nesse momento, o candidato tende a tomar uma decisão porque se sente injustiçado. Mas o assunto vai ser tratado com o presidente do partido", disse.

Em discurso para evangélicos, certa vez Crivella disse ser alvo de perseguição por parte do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal, em ação de inelegibilidade. Ele também e falou sobre a condenação pelo TRE-RJ por abuso de poder político e conduta vedada, o que o deixou inelegível até 2026 — mas obteve liminar que suspendeu a decisão, que pode cair.