Por O Dia
A 4ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro concedeu ao PSOL o direito de resposta contra acusações feitas pelo atual prefeito e candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos).

O episódio ocorreu em uma live no dia 19 de novembro. Naquela oportunidade, Crivella estava ao lado do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e disse que Eduardo Paes (DEM), caso fosse eleito, teria um acordo para oferecer ao PSOL o comando da Secretaria de Educação do município, que, por sua vez, implementaria a "pedofilia nas escolas".
Segundo um trecho da decisão da 4ª Zona Eleitoral do RJ, “a liberdade de manifestação do pensamento deve ser exercida com responsabilidade no uso das informações, já que o interesse da coletividade na informação é que deve ser atendido. Não há interesse social justo na publicação de informações que se destinem à difusão de malignidade”.
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A sentença da Justiça Eleitoral aponta que "o vídeo traz informação inverídica e ofensiva ao afirmar que o PSOL defende a prática de pedofilia nas escolas".
"Considerando que o partido PSOL não declarou apoio ao candidato Eduardo Paes com a finalidade de assumir a Secretaria de Educação e tolerar a pedofilia nas escolas, há falseamento da verdade diante da transmissão de tal ideia", dizia outro trecho da decisão.
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Direito de resposta
Segundo a decisão, o direito de resposta concedido ao PSOL terá que ser no mesmo meio de comunicação em que foram veiculados os fatos, ou seja, a página do Facebook de Crivella, como indicado na petição inicial entregue à Justiça.

"Determino que o candidato divulgue a resposta do ofendido em até 12 horas da entrega da mídia, devendo o direito de resposta ficar disponível para acesso aos usuários pelo período estipulado na alínea B, do inciso IV, do parágrafo 3º do art. 58 da Lei no. 9504 de 1997".

Além da publicação da resposta do partido atacado, a Justiça eleitoral decidiu também que o Facebook deverá retirar do ar o conteúdo com as acusações feitas pelo atual prefeito.