Publicado 02/12/2020 07:00
Em um momento de transição do governo, o prefeito eleito no último domingo, Eduardo Paes, do Democratas, já está escolhendo seus secretários. Entre eles, o jovem Salvino Oliveira, de apenas 22 anos, nomeado secretário de Juventude. Nessa entrevista, ele falou sobre os planos da Secretaria de Juventude, sua trajetória na política e da importância do envolvimento de pessoas mais jovens na política.
Qual o foco da Secretaria de Juventude? O que ela vai fazer pela cidade do Rio de Janeiro?
O principal desafio da Secretaria de Juventude, como o nome sugere, é pensar a política pública voltada pra juventude. Então, eu diria que é uma secretaria muito interseccional e, pensar a juventude, é necessariamente, pensar a saúde dos jovens, a educação dos jovens, é um trabalho de buscar muita parceria com outras secretarias e, de pensar como garantir que a juventude carioca tenha acesso aos direitos básico, acesso a uma vida digna, e como construir uma outra visão de cidade com esses jovens.
Então vai ser focado nos jovens de periferia?
A Secretaria é pro município inteiro. Claro que nós vamos dialogar com todos os setores da juventude, mas entendendo que existem setores mais vulneráveis. Jovens de periferia estão numa situação de vulnerabilidade muito maior do que nas outras regiões da cidade. Mas é claro, o governo é pra todos e todas.
Você pode falar um pouco sobre sua trajetória?
Claro! Estudei a minha vida inteira no Pedro II, um breve momento eu estudei em um colégio na Cidade de Deus, onde nasci e fui criado. Logo jovem eu passei num sorteio do Pedro II e estudei na unidade de Botafogo, sempre morei na cidade de Deus. Então, eu sempre circulei muito na cidade e, por circular na cidade, estar em movimento duas horas por dia no transporte público pra ir e duas horas pra voltar, eu acabei conhecendo muito as desigualdades que assolam nossa cidade e, principalmente, nossos jovens. Isso sempre me trouxe uma inquietude muito grande, de como pode a segunda maior cidade do país ser palco de uma desigualdade tão grande, isso me fez ter uma vida política muito jovem. Decidi fazer gestão pública, na UFRJ, eu decido que é o momento de retornar um pra sociedade tudo o que me deram, toda ajuda, inclusive, pensando que o Pedro II é um colégio público de muita excelência. Então é o mínimo que eu poderia devolver pra sociedade nesse momento. Ter vivido num colégio público, ter passado pra uma faculdade pública, me colocar à disposição da população. Procurei um pré-vestibular comunitário e me tornei professor lá, de história. E, depois de algum tempo, o pré-vestibular corria risco de fechar, eu acabei assumindo a coordenação, passei um ano e meio como coordenador. Mas a vida me levou pra outros caminhos, eu passei a ser estagiário da defensoria pública. Hoje eu faço parte do Perifa Connection, que é uma iniciativa comunitária de jovens de favela. Mas, de estagiário da defensoria, eu fui convidado pra ser assessor do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania do CESeC, passei um ano lá e, depois fui novamente convidado a voltar a defensoria enquanto assessor. Hoje, até o dado momento, eu fui assessor da defensoria pública e agora estou como Secretário da Juventude, nesse momento de transição.
Você poderia falar um pouco do Perifa Connection?
O Perifa Connection é uma iniciativa de jovens de favela, que busca ser o que a gente chama de uma plataforma disputas narrativas, a ideia não é criar um jornal comunitário, a nossa ideia não é criar algo novo, é estar nos espaços que já existem. Nós tivemos uma coluna na Carta Capital, agora nós temos uma coluna na Folha de S,Paulo, tivemos uma coluna no podcast Mamilos. A ideia é colocar a juventude da favela nesses espaços, pra que ela possa também ser protagonista dos espaços de decisão. Então, nós temos os nossos integrantes fixos, fundadores do Perifa Connection, e temos os nossos colaboradores, que é uma rede de jovens lideranças de favela de todo o Brasil.
Qual o foco da Secretaria de Juventude? O que ela vai fazer pela cidade do Rio de Janeiro?
O principal desafio da Secretaria de Juventude, como o nome sugere, é pensar a política pública voltada pra juventude. Então, eu diria que é uma secretaria muito interseccional e, pensar a juventude, é necessariamente, pensar a saúde dos jovens, a educação dos jovens, é um trabalho de buscar muita parceria com outras secretarias e, de pensar como garantir que a juventude carioca tenha acesso aos direitos básico, acesso a uma vida digna, e como construir uma outra visão de cidade com esses jovens.
Então vai ser focado nos jovens de periferia?
A Secretaria é pro município inteiro. Claro que nós vamos dialogar com todos os setores da juventude, mas entendendo que existem setores mais vulneráveis. Jovens de periferia estão numa situação de vulnerabilidade muito maior do que nas outras regiões da cidade. Mas é claro, o governo é pra todos e todas.
Você pode falar um pouco sobre sua trajetória?
Claro! Estudei a minha vida inteira no Pedro II, um breve momento eu estudei em um colégio na Cidade de Deus, onde nasci e fui criado. Logo jovem eu passei num sorteio do Pedro II e estudei na unidade de Botafogo, sempre morei na cidade de Deus. Então, eu sempre circulei muito na cidade e, por circular na cidade, estar em movimento duas horas por dia no transporte público pra ir e duas horas pra voltar, eu acabei conhecendo muito as desigualdades que assolam nossa cidade e, principalmente, nossos jovens. Isso sempre me trouxe uma inquietude muito grande, de como pode a segunda maior cidade do país ser palco de uma desigualdade tão grande, isso me fez ter uma vida política muito jovem. Decidi fazer gestão pública, na UFRJ, eu decido que é o momento de retornar um pra sociedade tudo o que me deram, toda ajuda, inclusive, pensando que o Pedro II é um colégio público de muita excelência. Então é o mínimo que eu poderia devolver pra sociedade nesse momento. Ter vivido num colégio público, ter passado pra uma faculdade pública, me colocar à disposição da população. Procurei um pré-vestibular comunitário e me tornei professor lá, de história. E, depois de algum tempo, o pré-vestibular corria risco de fechar, eu acabei assumindo a coordenação, passei um ano e meio como coordenador. Mas a vida me levou pra outros caminhos, eu passei a ser estagiário da defensoria pública. Hoje eu faço parte do Perifa Connection, que é uma iniciativa comunitária de jovens de favela. Mas, de estagiário da defensoria, eu fui convidado pra ser assessor do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania do CESeC, passei um ano lá e, depois fui novamente convidado a voltar a defensoria enquanto assessor. Hoje, até o dado momento, eu fui assessor da defensoria pública e agora estou como Secretário da Juventude, nesse momento de transição.
Você poderia falar um pouco do Perifa Connection?
O Perifa Connection é uma iniciativa de jovens de favela, que busca ser o que a gente chama de uma plataforma disputas narrativas, a ideia não é criar um jornal comunitário, a nossa ideia não é criar algo novo, é estar nos espaços que já existem. Nós tivemos uma coluna na Carta Capital, agora nós temos uma coluna na Folha de S,Paulo, tivemos uma coluna no podcast Mamilos. A ideia é colocar a juventude da favela nesses espaços, pra que ela possa também ser protagonista dos espaços de decisão. Então, nós temos os nossos integrantes fixos, fundadores do Perifa Connection, e temos os nossos colaboradores, que é uma rede de jovens lideranças de favela de todo o Brasil.
Sendo bem jovem, como você vê a política feita por pessoas mais jovens?
Eu acho que o jovem, de uma maneira geral, até pela idade, ele acaba tendo... claro, não generalizando, acaba tendo mais energia e uma inquietude maior em relação as dinâmicas da cidade. Então, é muito volátil o jovem, ele acaba tendo chuvas de ideia e querendo fazer muita coisa que, eu acho, inclusive, que é o espírito da república, da câmara dos deputados, é um lugar de mais jovens, enquanto os senadores refletem um pouco melhor, ou deveria ser, os projetos de lei. Nesse sentido, eu acho que a Secretaria de Juventude, até pelo seu caráter interseccional, ela acaba sendo isso, um lugar em que os jovens estão com uma energia muito grande, uma vontade muito grande de mudar e transformar a cidade.
Eu acho que o jovem, de uma maneira geral, até pela idade, ele acaba tendo... claro, não generalizando, acaba tendo mais energia e uma inquietude maior em relação as dinâmicas da cidade. Então, é muito volátil o jovem, ele acaba tendo chuvas de ideia e querendo fazer muita coisa que, eu acho, inclusive, que é o espírito da república, da câmara dos deputados, é um lugar de mais jovens, enquanto os senadores refletem um pouco melhor, ou deveria ser, os projetos de lei. Nesse sentido, eu acho que a Secretaria de Juventude, até pelo seu caráter interseccional, ela acaba sendo isso, um lugar em que os jovens estão com uma energia muito grande, uma vontade muito grande de mudar e transformar a cidade.
*Estagiária sob supervisão de Aloy Jupiara
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