Por thiago.antunes

Rio - Líder nas pesquisas de intenção de voto, Anthony Garotinho (PR) também está na frente quando o assunto são ações por propaganda irregular. Em julho e agosto, ele foi alvo da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) por 19 vezes. Entre os postulantes ao governo do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB) aparece em seguida, com 15 ações. Depois vem Lindberg Farias (PT), com 10, e Marcelo Crivella (PRB), com apenas duas ações registrada.

No total, a Procuradoria propôs 177 representações contra políticos nos últimos dois meses, a maioria delas por propaganda antecipada e uso indevido de placas, faixas, cavaletes e outdoors. “A fiscalização está mais preocupada em fechar centros sociais do que com a propaganda irregular. Tem pouca gente, cobre de um lado, descobre do outro”, justificou o procurador eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro.

Anthony Garotinho%2C candidato do PR%2C fez campanha no Morro Pavão-Pavãozinho%2C em CopacabanaDivulgação

Ele lembra que a fixação de propaganda em locais públicos, como postes, é proibida. Por isso, muitos candidatos usam cavaletes, mas o fazem de forma irregular. “O candidato deixa o cavalete amarrado numa pedra no meio da rua, sem ninguém para tomar conta. Isso não pode”, diz o procurador, indicando que pelo menos a metade das denúncias que chegam são arquivadas.

Das ações que já tiveram o mérito julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Garotinho segue na ponta no ranking do valor das multas: R$ 57 mil. Desse montante, R$ 25 mil foram cobrados após denúncia de irregularidades no material distribuído numa atividade de campanha em Natividade.

Segundo a Procuradoria, 300 mil panfletos distribuídos não continham o nome dos suplentes de Liliam Sá (Pros), senadora da chapa. Lindberg Farias já foi multado em R$ 28 mil, R$ 8 mil por campanha no prédio da Faetec, no dia 7 de agosto. Pezão foi multado apenas uma vez: R$ 5 mil por propaganda eleitoral antecipada na festa do centenário da cidade de Vassouras, em maio.

Entre os deputados, Pedro Paulo lidera no número de ações da PRE

Candidatos ao Legislativo também foram alvo de ações ajuizadas pela Procuradoria nos últimos dois meses. Pedro Paulo (PMDB), por exemplo, responde a 10 representações, sendo sete delas por propaganda antecipada.

O “clã Picciani”, formado pelos candidatos Leonardo (deputado federal pelo PMDB), Jorge e Rafael (deputado estadual pelo PMDB), responde a 13 representações. Na maior parte dos casos, a peça faz referência a dois dos três candidatos que apresentaram irregularidades no uso de faixas, de outdoors, de cavaletes e de placas.

Mesmo não sendo candidato a nenhum cargo eletivo, o ex-governador Sérgio Cabral também foi condenado em ação protocolada pela Procuradoria no bimestre. Cabral usou uma rede social para pedir votos para Luiz Fernando Pezão antes do período eleitoral, configurando propaganda antecipada. O TRE multou o ex-governador em R$ 5 mil.

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