Por thiago.antunes
Rio - No reino do PR, os desmandos da “princesa” tiraram o plebeu da corte.O protagonismo de Clarissa Garotinho incomodou a tal ponto o ex-secretário-geral Fernando Peregrino que ele deixou legenda. Candidato ao governo do estado apoiado por Anthony Garotinho em 2010, ele se disse alijado das decisões partidárias e disparou: “Clarissa fez Garotinho ficar fora do segundo turno”.
Peregrino anuncia a saída do PRReprodução

Clarissa e Peregrino disputaram o cargo de deputado federal, mas só ela, tratada como “princesa” pelos aliados, foi eleita. Ele diz que tentou convencer o “rei”, Garotinho, de que a filha levava o partido a rumos errados, mas não foi ouvido. “Garotinho é o presidente do PR, mas quem conduziu o processo eleitoral foi ela”.

O objetivo dela, argumenta o ex-secretário-geral, é ser prefeita em 2016. Por isso, centralizou as atenções. Em suas palavras, isso envolveu a nomeação de nomes “sem identificação com o partido” para postos-chave.
Peregrino disse que a principal campanha do PR foi a de Clarissa, o que prejudicou o Garotinho. “Ele não perdeu para Pezão. Não se pode fazer campanha em 2014 pensando em 2016”.
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O ex-secretário-geral apontou o isolamento do partido como uma das causas da ausência de Garotinho no segundo turno. “Faltaram 40 mil votos. Isso teríamos em Campo Grande, Santa Cruz, áreas do nosso grupo político,onde não havia pessoas de nossa confiança para ir as ruas”.
Clarissa ironizou as declarações do ex-aliado. “Ele teve uma das campanhas mais apoiadas do partido, bom tempo de TV, mas só conseguiu seis mil votos. Ele sempre foi leal a nossa família, mas, infelizmente, algumas pessoas se perdem pela vaidade”, acusou.
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