Por rafael.arantes

Rio - As chances de que Vasco e Flu caiam juntos ainda não são tão grandes mas, nesse momento, a sete rodadas do fim, está mais fácil que um dos dois — especialmente o Vasco — seja rebaixado do que os dois escapem. A esperança é que o Bahia caia de produção. Nem cabe ficar discutindo tabela, quais adversários serão os mais difíceis, porque todas as partidas terão grandes obstáculos.

Situação do Fluminense é delicadaDivulgação

O retrospecto mostra que, muitas vezes, um visitante retrancado que joga no Rio pode ser mais problemático do que enfrentar um grande fora. A tarefa do Flu parece ser mais fácil porque, dos 21 pontos em jogo, só precisa faturar dez. Já o Vasco terá que chegar a 12 ou 13. No caso do Vasco, há um problema de difícil solução que é a camisa 1 — segundo os estatísticos, 13 pontos foram perdidos só em falhas dos goleiros. Isso significa que o Vasco estaria praticamente salvo não fossem os frangos. Mas tanto Flu e Vasco oscilam muito e ninguém sabe qual o (raro) dia bom de cada um.

Descanso

O pessoal do Botafogo, especialmente Oswaldo de Oliveira, deve estar soltando fogos porque, daqui até o fim do ano, só haverá uma rodada no meio de semana, as outras seis do Brasileiro no fim de semana. Muito tempo para arrumar o time que, aliás, ganhou do Galo jogando mal. Ninguém ouvirá mais a desculpa de estafa. E com a vantagem de que adversários diretos na luta pela vaga estarão desgastados pela Copa do Brasil. A torcida só espera que o time volte a jogar bem, mesmo sem um artilheiro.

Velhos vilões

Luxemburgo e Dorival vivem situação difícil no Flu e Vasco. Luxa deverá ficar até o fim, mas, de novo em sua carreira, faz um trabalho sofrível, muito contestado e sem êxito, embora no caso atual não tenha culpa em dispor de um elenco que foi pulverizado nos últimos meses. Mas o Flu não deve cair. O caso de Dorival é diferente. Anda sem ambiente no clube, a relação com o elenco está desgastada e corre o risco até de sair bem antes. De qualquer jeito, o Vasco anda no fio da navalha e precisa rezar muito.

Contra-senso

Os dirigentes tiveram ontem mais uma reunião para definir princípios e procedimentos da esperada mudança no calendário. Será que vai sair alguma coisa ou vai ficar só no comes e bebes? Neste fim de ano, está claro o absurdo das últimas rodadas do Brasileiro coincidirem com as fases finais da Copa do Brasil. O que se vê é a loucura de times, como Goiás, Atlético-PR e Grêmio, escalarem times mistos ou estafados para atuar em duas frentes. A Copa do Brasil canibaliza o Brasileiro, um autêntico contra-senso.

Agitação

A Série C do Brasileiro pega fogo na reta final, por conta dos grandes públicos no Nordeste, especialmente em São Luís, Fortaleza e Recife. Sampaio Correia e Santa Cruz levam de 30 a 40 mil pessoas em vários jogos e até em Macaé, sábado passado, o público de 8 mil, maior do que o de Botafogo x Galo. A agitação, infelizmente, chega à Justiça porque várias apelações ameaçam parar a competição, que já tem Luverdense, Sampaio Corrêa e Vila Nova semifinalistas e já na Série B em 2014.

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