Alvinegro teve atuação de gala na sua última partida do ano
Por rafael.arantes
Rio - Na excelente e fácil vitória do Botafogo, que manteve as chances na Libertadores, foi tudo diferente de quase todos os jogos no segundo turno: a torcida, em um último esforço, resolveu comparecer, acreditando no time e em outros resultados, deu um apoio extraordinário e em campo, o Botafogo mostrou, acima de tudo, vontade e personalidade. O futebol foi apenas razoável, mas o suficiente para derrotar o Criciúma.
Alguns jogadores que foram pontuais no primeiro turno, voltaram a aparecer bem, principalmente Seedorf e Lodeiro e formou-se no estádio uma corrente mágica e emocionante entre torcida e time. Pode ter sido exagerada toda a comemoração, até porque a Libertadores depende do Lanús, mas o Botafogo precisava desabafar as frustrações recentes e, se tantos fazem festa só por não caírem, por quê não celebrar um G-4, depois de 17 anos? De qualquer forma, como tantas vezes na vida a última impressão é a que fica, o Botafogo despede-se de 2013 como um grande Botafogo.
TUDO INÚTIL
O Fluminense foi confuso quase o tempo todo, mas não se pode reclamar que faltou luta e fé na vitória, principalmente na fase final. Aos trancos e barrancos, veio uma virada que poderia ser histórica se o retrospecto não fosse tão comprometedor. A vitória do Coritiba pôs tudo a perder e fica difícil conseguir objetivos só na rodada final e dependendo dos outros. Podem mandar a conta do terceiro rebaixamento, além do elenco fraco, para Peter Siemsen, Celso Barros, Abel e Vanderlei.Dorival, nem tanto.
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TUDO ERRADO
Com o time que tem a defesa que tem, o Vasco não poderia pretender mesmo vencer um time muito superior e que entrou em campo relativamente tranquilo. Viveu a ilusão por poucos minutos, mas não durou sequer o tempo do intervalo do jogo. Uma desclassificação traumática de goleada que vai trazer graves problemas para o clube no pior cenário, em um estádio sem segurança que foi palco de uma briga selvagem entre torcedores.Como se viu, tudo rigorosamente errado na triste despedida.
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BONITO ADEUS
O Maracanã viveu uma bela noite de sábado, com bom público, torcida festiva, homenagem a Léo Moura e até a revelação de um bom goleiro, César, que veio das divisões de base e fez uma partida impecável. Brocador, como sempre, deixou o seu gol e ainda houve justiça no empate com o bonito gol de Souza. Os grandes campeões se confraternizaram com respeito, disputaram o jogo a sério e o resultado caiu bem para as duas equipes que se destacaram de formas diferentes, mas com idêntico brilho.
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TRISTE DESPEDIDA
No mesmo sábado, em Recife, o Corinthians de Tite, que já levou o clube ao título mundial, conseguia a proeza de perder para o superlanterna, Náutico, desonrando as suas tradições e também o jogo final do seu grande comandante. Não se viu sequer luta em campo e jogadores como Romarinho, Íbson e Pato castigaram a bola. Esse, então, parece ter desaprendido o que sabia. O Náutico venceu, mas não escondeu a campanha horrorosa de um clube sem estrutura que não tinha nada a fazer na Série A.