Por elisa.souza
Rio - Há uma fumacinha no ar, vinda de setores importantes como o Ministério Público, segundo a qual, dessa vez, infratores serão punidos por seus atos criminosos, ao contrário do que tem acontecido no esporte e em outros setores da vida nacional. Embora nossas leis sejam leves e ultrapassadas, se fossem racionalmente acionadas já garantiriam um mínimo de punição a quem não respeita a vida alheia e usa o pretexto do futebol para agredir e tentar matar.
Não podem ser considerados animais porque isso é uma grave ofensa a todo um variado reino que só mata para sobreviver, jamais por ambição e crueldade. O que se viu em Joinville foi tudo junto e misturado mas fora do eixo: torcidas ditas organizadas quase sempre patrocinadas por cartolas, um estádio provinciano sem a menor segurança e muita demora na tomada de providências. Ainda bem que não houve mortes, mas não será sempre assim. O país da Copa tem uma imagem a zelar e não pode, em alguns aspectos, continuar na idade da pedra.
Torcedores de Vasco e Atlético-PR protagonizaram cenas de violência na Arena Joinville Carlos Moraes / Agência O Dia

SEM FORÇA

Publicidade
Mesmo antes do início do Brasileiro e, mais precisamente, depois que perdeu a Taça Guanabara para o Botafogo em partida eletrizante e equilibrada, o Vasco mostrava-se desarvorado, sem reforçar o elenco e já dando a pinta de que era sério candidato à queda. Principalmente no setor defensivo havia terríveis carências, a começar no gol. Foi a terceira defesa mais vazada e o rebaixamento não chegou a ser uma grande surpresa. A direção do futebol foi omissa e muito lenta nas decisões.
PANCADA
Publicidade
Nitidamente, o Fluminense sentiu mais o rebaixamento do que o Vasco porque não estava preparado para isso. Caiu por muito pouco, mas fez por onde,com muitas trocas de técnicos, sem a reposição de todas as grande perdas e com o clube politicamente tumultuado. Além das eleições, o relacionamento entre a direção e a patrocinadora não teve a necessária transparência. Agora insiste-se que Fred, Jean e Cavalieri vão continuar e que Conca está garantido, mas é preciso organização.
PREVISÍVEL
Publicidade
Oswaldo vinha sofrendo violento processo de desgaste e, entre altos e baixos, saiu do Bota na hora certa para os dois lados. Foi mal em 2012, fez belo primeiro semestre este ano e montou um esquema móvel que funcionou bem por uns tempos para Rafael Marques e Seedorf. Mas depois a coisa desandou e o time fez péssimo segundo turno no Brasileiro. É hora de novos ares. Cristóvão Borges e Ney Franco são os melhores nomes. O elenco, do meio para a frente, precisa de urgentes reforços.
BIZARRICES
Publicidade
Espantos no sofrível Brasileiro: vice, o Grêmio exibiu futebol tosco e feio. O São Paulo desinteressou-se cedo da competição. Cruzeiro e Náutico, nas duas pontas, sobraram na turma. Os veteranos bateram pino no segundo turno. O Criciúma teve grande reação no final. O campeão da Copa do Brasil ficou a três pontos do rebaixamento. O quarto do G-4 depende de um rebaixado para ir à Libertadores. Dois cariocas caíram, um deles o recém-campeão. E tudo terminou em briga com plateia mundial.