Por pedro.logato

Rio - Como aconteceu no primeiro jogo, houve emoção e equilíbrio e tudo se decidiria em um momento isolado, no erro do adversário ou no oportunismo. No gol vascaíno, falha de Gum enquanto, do outro lado, Rodrigo, mais uma vez, foi impecável; e no toque final, o artilheiro Edmílson faturou enquanto Fred não mostrou aquela inspiração decisiva.O Vasco foi mais consistente taticamente, se impôs não apenas pela opção com Diego Renan na lateral mas pela utilização de três jogadores no ataque.

O Flu só acordou na fase final mas de forma confusa e nervosa. O Vasco agora tem goleiro e isso faz toda a diferença, porque ele foi fundamental em dois lances e Guiñazu, mesmo um pouco violento, encarnava a fúria vascaína.O Fluminense conta com jogadores famosos mas não conseguiu se impor por isso. Mais uma vez foi mais frio do que o Vasco em um jogo que pedia sangue quente. Conca, muito bem marcado, só fez o óbvio e Walter, depois da boa fase inicial, cansou. Foi uma grande e épica vitória do Vasco porque o grupo já entrou com a carga de doze anos sem título carioca e depois do trauma do rebaixamento. Mostrou brio, confiança e a sua força de vontade liquidou o Fluminense.

Atacante definiu a classificação do VascoDivulgação

CONSISTÊNCIA

Jayme de Almeida merece todos os créditos por dar a um grupo relativamente novo no Fla consistência tática e capacidade de entender a leitura de cada jogo.Nas últimas partidas, as variações no meio-campo não afetaram o time que, na Libertadores, tem sido vítima de erros da zaga. Num dia lá estão bem Márcio Araújo e Everton, no outro surgem com idêntica força Gabriel e Mugni. Nas vitórias sobre a Cabofriense não foi apenas a fragilidade do adversário que ajudou. O Fla está muito bem.

O SABADÃO

Em outros tempos de decisão para o Flamengo no Maracanã seria inimaginável um público de menos de 6 mil pagantes. Preço alto, fatura decidida, olho na Libertadores e investimento reservado para a final carioca. Ainda assim, os dirigentes viram que essa nova fórmula não é atraente e induz a uma certa acomodação. Pena que os poucos que foram viram um estádio alegre, descontraído, um treino de luxo para o Fla com direito a dois belos gols do argentino Mugni.

DESESPERO

Qualquer pessoa ligada ao futebol sentiu no desabafo desesperado de Maurício Assumpção todo o drama do Botafogo e da lentidão da burocracia no país que retarda a utilização do Ato Trabalhista.Como uma instituição pode pagar os seus compromissos se tem 100% das receitas bloqueadas? Isso se reflete na revolta dos jogadores que têm o direito de protestar mas não escolheram o melhor momento.Afinal , só com vitórias a coisa ficaria um pouco mais suportável.

DEVAGAR E SEMPRE

Aos poucos, Neymar volta a se impor no Barça e se não faz jogos fulgurantes, pelo menos participa dos lances decisivos. Assim foi contra o Espanyol e o grande problema do time parece ser a falta daquela regularidade dos melhores tempos. O tic-tac ficou como um recurso quase eventual e às vezes pouco objetivo. Disputar o campeonato espanhol e a Liga dos Campeões não é mais tão fácil para os catalães mas ainda dá para pensar em título se deixarem Neymar à vontade, fora e dentro de campo.

TODO DÁ ERRADO NO ITAQUERÃO

O estádio que foi construído para a abertura da Copa do Mundo, uma joia que o Corinthians receberá de presente, tem sido vítima de problemas sem fim, com acidentes e, agora mais uma morte, a terceira. Tudo parece estar sendo feito a toque de caixa e se sabe perfeitamente que a iniciativa provada foi omissa. Até Valcke parece ter jogado a toalha enrolado pela conversa mole de Andrés Sanchez. Itaquerão, até agora, é bem emblemático.

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