Minas Gerais – Acordar cedo para gritar “é campeão”. Assim ficou marcada a manhã do Cruzeiro. Os atuais campeões mundiais voltaram à quadra para levantar, desta vez, a taça do bicampeonato da Superliga Masculina de Vôlei (clube ganhou pela primeira vez na temporada 2011/2012). Um verdadeiro furacão passou no Mineirinho quando o assunto era bola no chão. O Sada Cruzeiro venceu o Sesi-SP por 3 sets a 0 (parciais de 21/19, 21/17 e 21/18), levantou a taça e decretou sua hegemonia na temporada sob os olhares dos 14 mil torcedores presentes no ginásio.
Wallace, Filipe & Cia. deram um show no ginásio do Mineirinho. O Cruzeiro foi cirúrgico ao vencer os três sets de maneira tranquila. Vantagem praticamente do início ao fim de cada período levava a grande torcida presente ao delírio. Ataque e defesa, cortadas e bloqueios. A equipe do técnico Marcelo Mendez não deu espaço para vacilos e despachou Murilo e Lucarelli para um amargo retorno para São Paulo.
HEGEMONIA AZUL
Agitada, a partida começou com vantagem dos donos da casa. O Cruzeiro saiu na frente abrindo três pontos, mas logo viu o time paulista chegar ao empate. O set foi disputado ponto a ponto e as equipes chegaram a revezar na liderança num primeiro momento. Embalado pela imensa torcida presente, o Cruzeiro retomou a vantagem no sétimo ponto e passou a dominar o set. Se inicialmente os visitantes esbarravam nos próprios erros, o bom bloqueio da equipe paulista passou a ser uma das melhores alternativas da equipe do técnico Marcos Pacheco. Mas nada parecia parar o poderoso Celeste, que venceu o primeiro set por 21 a 19, com destaque para Wallace, que marcou seis pontos.
O segundo set contou com um bom começo da equipe visitante. O Sesi começou na frente e foi mantendo a vantagem ponto a ponto. No entanto, foi o central Eder quem fez o primeiro ponto de saque do jogo para dar a liderança ao Cruzeiro. Daí para frente o furacão mineiro voltou a passar pela quadra do Mineirinho. Ataque e defesa faziam a diferença para os donos da casa e a pancada do saque de Eder foi indefensável para o veterano Serginho. Quatro pontos de vantagem, um placar de 21 a 17 e dois sets a zero para os mineiros.
O terceiro set serviu para decretar um massacre na quadra. O Cruzeiro voltou determinado a garantir o bicampeonato e começou o período com um verdadeiro show. Inspirado, o ponteiro Filipe detonou a defesa rival e firmou por duas vezes a maior vantagem da partida, ao abrir quatro e cinco pontos de vantagem para os donos da casa. Com tranquilidade e a frieza de campeão, foi Wallace quem explorou o bloqueio do Sesi para fechar o terceiro set em 21 a 18 e garantir a taça para os mineiros.
TORCIDA INCENTIVA E DÁ SHOW À PARTE
Um total de 14 mil guerreiros. Num domingo de decisões (No futebol, Cruzeiro e Atlético-MG decidem o Campeonato Estadual, no Mineirão), a torcida do Cruzeiro se fez presente e imponente no Mineirinho. Apoiar os guerreiros celestes era a missão da apaixonada torcida da Raposa, que cumpriu com maestria seu objetivo. Acordar cedo, ir ao ginásio e fazer uma grande festa para abrilhantar a terceira final consecutiva da equipe mineira na Superliga.
Praticamente lotada, a arquibancada do Mineirinho até contou com a empolgada torcida do Sesi, mas os donos da casa foram como um pulmão a mais para o time do Cruzeiro. Cantar, vibrar e incentivar. Os três verbos foram conjugados com êxtase e os torcedores foram recompensados com o brilhante título de Wallace & Cia.
* O repórter viaja a convite da organização do evento
