Rio - Pelo próprio perfil dos convocados, Felipão deverá dispor de inúmeras formações, com improvisações de acordo com as necessidades. Henrique poderá ser usado no meio-campo, dando ao time um jeito mais defensivo, porque ele sabe funcionar como um quinto zagueiro. A sua presença não foi apenas uma questão de amizade especial com o chefe.

No meio-campo, ele poderá dispor de jogadores bem diferentes uns dos outros. Com Paulinho e Oscar há um bom equilíbrio, mas se entrar Ramires ou Fernandinho, o time se acautela mais. Hernanes abre o esquema e até mesmo entre Oscar e Willian a coisa muda muito de figura porque cada um tem o seu estilo, um mais cerebral e lento, o outro, mais ofensivo e intenso.
E, no ataque, Bernard pelo flanco poderá mudar inteiramente o jogo do Brasil. Temos, portanto, qualidade e muitas variações. Ainda assim, o fundamental continua sendo a motivação geral e a união formada pelo espírito Scolari. Sem esquecer a figura que poderá fazer a diferença - Neymar, livre, leve e solto.
Um fenômeno
Rafael Nadal conquistou, pela nona vez, com atuação fantástica, o Roland Garros e essa marca vai demorar muito para ser igualada, se é que um dia será. Djokovic resistiu o quanto pôde, mas enfrentou obstáculos sérios: o forte calor que o fez até vomitar, a tensão excessiva para tirar a hegemonia do adversário em Paris e, finalmente, as reações da torcida que atrapalharam no último game. Acabou um tanto nervoso e permitiu a quebra de dois dos seus serviços no quarto e decisivo set.
A reverência
Nadal merece todos os louvores porque é mesmo o número 1 do mundo, mas Djokovic, pela sua resistência, prestígio e simpatia dos franceses por atitudes anteriores, recebeu uma ovação como nenhum outro vice recebeu na história de Roland Garros. Na hora da entrega do seu troféu, foi demoradamente aplaudido e não conteve as lágrimas pelo reconhecimento do público. E, como disse Nadal, brevemente o sérvio ganhará o Roland Garros porque ele é excepcional.
Altos e baixos
A Argentina voltou a causar ótima impressão no seu amistoso com a Eslovênia, sabendo equilibrar bem um jogo de cautela com a intensidade adequada. A defesa melhora e os seus principais craques estão muito bem. A Espanha deu para o gasto e jogou o necessário para derrotar El Salvador com Diego Costa em alta. A Bélgica decepcionou contra a Tunísia e a Inglaterra confirmou a fase ruim contra a limitada Honduras. Didi dizia que jogo é jogo, treino é treino e isso vale para amistosos.
Boa surpresa
Há muito tempo não se via um amistoso - em véspera de Copa ou não - tão animado e com tantos gols como Fluminense x Itália. Contrariando as expectativas, os italianos foram, com os reservas, melhores no ataque do que na defesa e o mesmo pode ser dito do Flu, que jogou ofensivamente, a todo o risco. O ótimo jogo foi decidido em dez minutos no segundo tempo com três gols italianos e, depois, os titulares seguraram a vitória. Matheus Carvalho e Immobile bateram um bolão.
Morte de Fernandão foi um duro golpe
Fernandão foi um bom jogador, grande artilheiro, com uma carreira sólida sem altos voos. Estava começando como treinador e se dava bem quando falava sobre futebol. Enfim, uma pessoa de bom nível, lúcida e com grande futuro profissional à frente. Acabou vítima de um voo maluco de helicóptero à noite e nos deixou a todos chocados. Vai deixar saudade.