Por edsel.britto

Rio - Em muito pouco tempo, Cristóvão Borges conseguiu montar no Fluminense um esquema moderno, ágil, ofensivo e que chega a lembrar até os bons momentos que foram vistos na Copa em algumas seleções, principalmente na grande campeã.

O mérito foi quase todo de Cristóvão Borges que teve a ajudá-lo a chegada de um zagueiro eficiente como Henrique e, principalmente, Cícero, jogador de boa técnica, moderno e que se adaptou perfeitamente a um sistema ofensivo sem centroavante fixo em que todos voltam para a primeira marcação. Junto a tudo isso, o talento de Conca e de Sóbis.

Fluminense venceu e pulou para a vice-liderança do Campeonato BrasileiroAlexandre Brum

O Flu venceu o bom time do Goiás com autoridade sempre se protegendo bem e atacando em velocidade e na base do toque de bola. Fez 2 a 0 e poderia ter feito mais. No segundo tempo, houve uma certa queda de produção, uma pouco de acomodação e o time perdeu a harmonia com Fred e Chiquinho. Nem parece time do Brasileiro e, ao lado do Cruzeiro, é o melhor que se vê no país.

Recaída

Quem imaginou que a vitória sobre o Botafogo fosse o começo de uma nova fase, enganou-se. Não apenas pela derrota para um time de pouca expressão mas pela péssima exibição, o Flamengo reviveu os tempos de Ney Franco e pegou de volta a sua lanterna. Vanderlei terá de dar tratos à bola porque tem poucas opções. Ontem, o time levou um gol em minutos e não teve força para reagir, apesar do domínio. Rondou a área do adversário sem a menor imaginação. Continua feia a coisa.

Sem ressalvas

A torcida do Botafogo teve um comportamento impecável no sábado. Apoiou o time com toda a força e acabou contribuindo para uma atuação honrosa, embora prejudicada por um ataque estéril. De quebra, manifestações legítimas de protesto contra os dirigentes, sem excessos ou ofensas. Ficou bem claro como essa torcida merecia um clube mais bem administrado e um time competente para que pudesse encher os estádios como até voltou a acontecer na Libertadores.

Padrão Brasil

Muita gente previu que coisas eficientes registradas na Copa acabariam depois do seu término, como só se os grandes eventos merecessem nosso empenho e organização. A segurança geral já não é mais a mesma, serviços gerais caíram e nos estádios parece que começamos a entrar em outro mundo. Tapumes de madeira para evitar brigas de torcida, polícia incompetente e venda de ingressos caótica, como se viu no jogo do Botafogo em que o Consórcio Maracanã foi até obrigado a abrir os portões.

O salvador

Para quem não recebe há vários meses, os jogadores do Botafogo se empenharam, fizeram até um bom primeiro tempo. A lógica seria uma virada mineira mas, como lá estava Jefferson, não aconteceu. Mais uma vez, ele salvou o Botafogo da derrota, mas vale um aviso. Se o Botafogo negociá-lo, só escapará da degola por milagre. Mancini não pode fazer muito com esse elenco que só tem o goleiro, a raça de Edílson, Sheik e um pouco a dupla de zaga.

O Vasco continua devendo muito

Mais uma vez, o Vasco frustrou a sua grande torcida em São Januário. Ganhou de um adversário fraco, correu algum risco e jogadores que deveriam ser decisivos não aparecem, caso evidente de Kléber e até de Douglas. Como bem destacou o companheiro Hélio Cícero, só Guiñazu, com a sua garra e intensidade, dava a impressão de entender o que significa a camisa do Vasco e a necessidade absoluta de não se distanciar do G-4. Futebol à parte, o Vasco precisa jogar com mais força. A Série B se ganha mais com vontade do que com talento.

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