Por fabio.klotz

Rio - O caso de Luiz Antonio impressiona pela gravidade das acusações e por ser mais um nome de uma série no Flamengo que se mete em negócios suspeitos nos últimos tempos. Basta lembrar, com maior ou menor gravidade, os episódios de Bruno, Adriano, Vagner Love e por aí vai. A questão tem várias pontas: primeiro, o meio problemático de vários jogadores na origem e a dificuldade de se livrar de certas amizades que os acompanham desde a infância. Há um tipo de postura diante da vida que pode comprometer o desempenho profissional, dentro e fora de campo. Durante um bom tempo, imperou aquela cultura do bad boy que exaltava atitudes duvidosas e que teve em Edmundo e Romário os seus grandes representantes. Mesmo um cara do bem como Neymar, se deixa levar, às vezes, pelo excesso de badalação.

Luiz Antonio vai prestar depoimento sobre ligação com milicianosDivulgação

Outro ponto é a postura dos clubes que demoram a agir e passam a mão em qualquer vacilo - por muito tempo. O Flamengo é um destaque negativo, embora já esteja fazendo contratos com cláusula rescisória em caso de comportamento delituoso. Enfim, assim caminha o futebol brasileiro.

Passividade

O Botafogo vive um perigoso momento de letargia e conformismo diante da força demolidora da crise. Já tem dirigente dizendo que problemas são normais em qualquer clube e jogadores se irritam porque não receberam o dinheiro liberado pelo sindicato. E sem explicações. Muitos torcedores se dizem incrédulos em relação à permanência na Série A, o que pode ser pessimismo, mas faz todo o sentido. O presidente Maurício Assumpção prefere sumir no olho do furacão.

Um bom treino

Por mais respeito que o América-RN mereça e que um jogo da Copa do Brasil exija, o Fluminense não pode cultivar qualquer temor para o jogo desta quarta-feira em casa. Com a vantagem dos três gols em Natal e um time forte, o Flu deverá fazer um bom coletivo. Cristóvão poderá fazer algumas experiências sem prejuízo da base vitoriosa do esquema móvel sem centroavante, mas com mais tempo em campo para Fred. Ele é uma oportuna variação do esquema tricolor.

Caso grave

Quem viu várias vezes, com paciência e atenção, o lance de Petros empurrando o árbitro Raphael Claus no Santos x Corinthians de domingo não tem dúvidas sobre a agressão. Durante o jogo, ainda houve a impressão de um choque casual e que Petros poderia ter esticado o braço como proteção. Nada disso. Um parafuso de Petros se soltou e ele deu um safanão no árbitro. Se a aplicarem a lei não haverá como evitar um gancho de 180 dias. Mas como se trata do Corinthians...

Esperança

Até que a estreia de Robinho no Santos foi melhor do que se esperava. Tudo bem que ele pode ter caprichado no seu cartão de visitas e a rotina piore tudo. Mas é possível também que Robinho esteja motivado na volta ao seu Santos. Como ainda tem vigor e o clube o empolga, é possível até que ele emplaque com o seu antigo companheiro de Seleção, Ronaldinho Gaúcho. Pelo nível atual do futebol brasileiro, eles não precisam se esforçar tanto para voltar às manchetes.

A ausência brasileira na final da Libertadores

A final da Libertadores nesta quarta-feira entre San Lorenzo e Nacional do Paraguai certamente será uma partida tensa e emocionante, embora de técnica limitada. E caberá a reflexão sobre a ausência de um time brasileiro na decisão. É bom lembrar que o time paraguaio é muito modesto e que o San Lorenzo ganhou apenas na garra de Grêmio e Cruzeiro, chegando até a perder para o ainda sofrível Botafogo no Maracanã. Logo mais, tudo indica que o time do nosso querido Papa fará uma grande festa com o seu primeiro título na Libertadores.

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