Por bernardo.argento

Rio - O Vasco vive um momento conturbado, o qual ninguém esperava que pudesse se aprofundar tanto ainda no primeiro turno da Série B do Brasileiro. O processo eleitoral se tumultuou, o que desviou o foco de alguns dirigentes; apesar das contratações, o elenco não se uniu e não se encaixou; a torcida olha com surpresa e espanto para as atuações muito ruins em São Januário, bem abaixo do que se poderia esperar pela tradição do clube e até pela força do elenco. Não que ele seja uma maravilha, mas está acima da maioria na Segundona.

Jogadores como Martín Silva, Rodrigo, Guiñazu, Douglas, Montoya e Kléber têm alguma história e não deveriam protagonizar campanha tão melancólica. O papel de Adilson Batista é meio obscuro porque ele uniu o grupo várias vezes e parecia focado no trabalho mas, de uns tempos para cá, começou a mudar demais a escalação e a promover uma certa insegurança. Junte-se a isso a síndrome das lesões e tem-se um resultado opaco que, hoje, manteria o Vasco na Segunda Divisão. A torcida,francamente, não merecia e não esperava por isso.

Com vontade

O Vasco pode atenuar os seus problemas se mostrar determinação muito maior.</CW> Até mesmo na Copa do Brasil, hoje, contra o ABC, isso compensaria o prejuízo do primeiro jogo, embora na próxima fase, o Cruzeiro pareça imbatível. A estreia do novo treinador poderia dar uma levantada no grupo, mesmo que a longo prazo seja outra história. Enderson Moreira é um jovem competente mas não se sabe como iria encarar o desafio de um clube cheio de pressões e tumultuado.

Sem risco

Parece óbvio que Dunga, se pretende uma transformação radical na Seleção, não está disposto, por enquanto, a ousar muito. A chamada de Robinho sinaliza que não vê muitas opções por aqui. E a volta de Marcelo também, ainda mais que ele foi tão mal naquele 7 a 1. Em entrevista na Band, Dunga falou que é preciso passar uma borracha no passado e que a Seleção vai dar a volta por cima, como ele mesmo já deu. E que os melhores jogadores ainda são brasileiros. Hum.

A reação

É de fato significativa a recuperação do Flamengo no Brasileiro e já há rubro-negro por aí falando em G-4 — os mais eufóricos lembram a arrancada de 2009 e o título. Vamos com calma. O G-4 é muito difícil, mas ainda há chances, embora o Flamengo continue a ser um time fraco e que dificilmente irá se sustentar contra os grandes adversários. Tudo indica que o trabalho de Vanderlei conduzirá o time a uma boa campanha. Pena que houve relaxamento na Copa do Brasil , mas, quem sabe?

A fortaleza

Já se fala do clássico do próximo domingo no Maracanã entre Flu e Cruzeiro e na boa chance tricolor de obter um bom resultado por causa de quatro importantes desfalques dos mineiros -Ricardo Goulart e Everton Ribeiro na Seleção, Lucas Silva na Sub-20 e Marcelo Moreno, na seleção boliviana. Claro que o Cruzeiro se enfraquece mas é jogo duríssimo porque o elenco estrelado é excelente e conta ainda com Nilton, Willian, Júlio Baptista, Dagoberto e talvez Borges.

As arbitragens continuam sem rumo

A arbitragem de Paulo Bezerra no Fluminense x Corinthians conseguiu desagradar a todos e ele acabou cometendo falhas inacreditáveis. Além da forma equívoca de conduzir o jogo, com muita conversa fiada e insegurança, deixou de marcar dois pênaltis, um para cada lado, e assinalou um inexistente. Depois, anulou gol legal dos tricolores. Quer dizer, o Fluminense tem mais razão em reclamar, mas ninguém ficou feliz. Mano, como sempre, pôs a boca no trombone, mas ele fala de barriga cheia — o Corinthians é um dos menos prejudicados.

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