Por bernardo.argento

Estados Unidos - Em seu primeiro treino na volta à seleção brasileira, o técnico Dunga mostrou que o trauma da goleada de 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo não o afeta. Em vez da aguardada renovação da equipe, ele manteve oito remanescentes do vexame no Mineirão, mesmo mesclando experiência e juventude. Antes de a bola rolar, deu o tom do que espera no amistoso contra a Colômbia, sexta-feira, em Miami.

“Um, dois, toca a bola. Não dá tempo para o adversário se organizar em campo”, pediu, para, em seguida, comandar coletivo de 50 minutos, no qual apresentou como novidades o zagueiro Miranda, o lateral-esquerdo Filipe Luís e o atacante Diego Tardelli. Além deles, Jefferson, Maicon, David Luiz, Luiz Gustavo, Ramires, Oscar, Willian e Neymar foram titulares.

Neymar durante treino da seleção brasileiraDivulgação

Dunga, ao que parece, gostou do que viu — muita movimentação e rapidez nas trocas de passes. Mas fez mudanças. Tirou Oscar, Willian e Tardelli para as entradas de Elias, Philippe Coutinho e Robinho — o santista, se for escalado, deverá usar a braçadeira de capitão.

Sem se importar com a adoção do modelo europeu de jogar, o estilo de Dunga foi aprovado por seus comandados. A ideia de valorizar a intensidade, a disciplina tática, e a organização em detrimento do drible, da magia, não incomoda os jogadores — a maioria atua no Velho Continente.

“O brasileiro tem aquela coisa de querer resolver na qualidade técnica e, hoje, o futebol está mudando. É muito físico e tático. A evolução tática do europeu foi maior que a do brasileiro”, disse Miranda. O zagueiro aposta no grupo que atua na Europa: “Isso pode ser o diferencial. Se a Seleção for taticamente disciplinada, com o dom que o brasileiro tem, fará a diferença.”

Você pode gostar