Por fabio.klotz

Rio - A Alemanha foi a melhor seleção da Copa e merecia ganhar o título com sobras. Mas não era para enfiar sete no Brasil e isso aconteceu mais em função das nossas deficiências que começaram nos desfalques fatais, passaram pelo oba-oba e terminaram em uma escalação e esquema tático equivocados de Felipão. Tanto que, antes, os alemães empataram com Gana, sofreram com a Argélia e ganharam no limite de França e Argentina.

Campeã mundial%2C Alemanha perdeu para a Argentina em amistosoReuters

No amistoso desta quarta-feira, claro que valeram a maior disposição argentina, a vontade de dar o troco, um certo relaxamento com os desfalques da Alemanha e ainda a presença de Di María, fundamental na goleada e que fez imensa falta na final da Copa. Por um certo momento depois dos 4 a 0, houve o delírio de que o resultado poderia chegar a sete e, quem sabe, justificar a ridícula desculpa do apagão, até hoje um mantra de Felipão. Mas, mesmo em dia ruim, a Alemanha reagiu, quase encostou e mostrou dignidade e compostura. O belo amistoso em Düsseldorf comprovou que os dois são os melhores do mundo.

Vasco no CTI

É claro que não se poderia esperar um Vasco tão ruim na Série B e na Copa do Brasil. Não era para ser eliminado nas oitavas pelo ABC. Mas muita coisa conspirou contra, fora de campo, na política, e na confusão técnica e tática, da qual Adilson não escapou. Agora, fala-se de Joel Santana, à primeira vista sempre um retrocesso, mas que ainda tem bala na agulha para soluções de emergência. Pelo menos se ainda tiver paciência para as limitações de um clube como o Vasco.

Denúncia estranha

Logo ele, Kleber, jogador que vive criando confusões e passa boa parte do tempo suspenso, para reclamar da falta de compromisso do time, principalmente nos treinamentos e nas atitudes fora de campo. Pode ser que tenha razão, mas se sabe também que, nos últimos tempos, o ambiente não foi bom, houve discordância em relação ao trabalho do treinador Adilson Batista e muita irritação pelos salários atrasados, uma lamentável rotina no futebol brasileiro.

Colômbia favorita

O Brasil ainda tem camisa e alguma força e não pode ser menosprezado por ninguém, se não quiserem se arrepender. Mas não há dúvida de que, em condições normais, a Colômbia surge, pela primeira vez na história, como favorita por dispor de um time mais entrosado e mais criativo no meio-campo, com craques do nível de James Rodríguez e Falcao García. O Brasil, modificado, vai precisar jogar com muita garra e seguir o exemplo da Argentina na ótima vitória sobre a Alemanha.

A lei do mais forte

A questão de Petros na CBF é o exemplo perfeito da bagunça que reina na entidade e que, por outros caminhos, acabou causando a terrível polêmica do rebaixamento da Portuguesa. Petros, ao que parece, tinha situação legal no Corinthians porque, quando jogou, já tinha contrato e registro no BID, mas, se fosse de um time pequeno e houvesse interesse de denunciar irregularidade na questão das datas, ninguém duvida de que muitos pontos seriam perdidos. A lei ajuda os mais fortes.

Punição ao Grêmio serve mais como alerta

Os pontos mais positivos da decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva no caso do episódio de racismo ao goleiro Aranha, do Grêmio, foram a sinalização de um certo rigor na punição, a proibição de presença nos estádios, por um bom período, dos infratores identificados e a multa razoável ao Grêmio. Caberia a interdição do estádio, como se faz na Europa e não a eliminação na Copa do Brasil, inócua nas circunstâncias e que seria injusta se o clube de Porto Alegre estivesse bem na competição.

Você pode gostar