Por fabio.klotz

Rio - É difícil discordar de Dunga quando ele explica a não convocação de Ganso e também por chamar Robinho em vez de Hulk. Não é sensato ficar mudando a Seleção toda hora antes que os novos convocados mostrem se vieram para ficar - ou não. E isso se aplica principalmente aos jogadores de quem se espera muito - Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e até Tardelli, embora em relação a esse último aumente a sensação de que ele é jogador mais de clube.

Dunga fez mais uma lista em seu retorno à SeleçãoCarlos Moraes

Ficou bem claro que as desculpas pela ausência de Hulk no jogo anterior não colaram e a vez é de Robinho. E o drama da falta de bons laterais leva Dunga a fazer seguidas experiências. Desta vez, é dada uma nova chance a Mário Fernandes, um polêmico jogador que parecia rifado na Seleção, e também a Dodô, de passagem inexpressiva no Brasil. Só resta esperar. Teste contra a Argentina é sempre positivo. De qualquer forma, é bom jamais esquecer que craque só há um por ora: o solitário Neymar. É muito pouco.

O impasse das convocações na hora errada

De uma forma um tanto hipócrita, Dunga garante que a CBF vai liberar convocados, se os clubes pedirem por escrito. Ora, ele sabe que isso criaria problemas entre clubes e entidade, atrapalharia a caminhada dos jogadores na Seleção e os próprios convocados gostam da Amarelinha, se não por patriotismo, mas pela valorização em negociações. O racional e lógico (por isso será ignorado pela CBF) seria mudar o calendário e não marcar jogos domésticos nas datas da Seleção.

Apagão tricolor

O Fluminense até que foi bem no primeiro tempo quando controlou o jogo, fez 1 a 0 e poderia ter liquidado a fatura. Mas não se garantiu e fez um segundo tempo horroroso, quando foi inteiramente dominado, levou três gols e, além de expor graves falhas na defesa, mostrou um preparo físico deficiente. A derrota para um time que era lanterna é mais um vexame protagonizado este ano, algo inaceitável para um elenco de luxo que agora luta timidamente por uma vaga no G-4.

Os elefantes

Há claro esforço de muitos prefeitos e governadores, aliados a cartolas de clubes, para utilizar ao máximo as novas arenas da Copa nas cidades em que estão fadadas a se transformarem em elefantes brancos. A curto prazo funciona, porque os estádios são atração pela beleza e conforto e os times grandes também despertam curiosidade. Mas há prazo de validade para essa ideia momentaneamente boa. Depois, nem shows e eventos farão o milagre da multiplicação dos pães.

Mesmice

Esperava-se que, já no terceiro jogo, Joel Santana conseguisse dar ao Vasco algo mais do que garra e humildade. Mas, mesmo superior tecnicamente ao adversário, o time empaca e qualquer obstáculo vira um Deus nos acuda. Contra o Oeste, mais uma chance de colar no líder, mas o time foi inseguro e ainda acabou prejudicado pela arbitragem com o gol fantasma. Jogadores de melhor nível, como Douglas e Kleber, são inconstantes e às vezes desligados. O time não dá liga.

Classificado!

É impressionante como, terça-feira, o Brasil era o time menos cotado para as semifinais do Mundial de Vôlei e, quarta-feira, com os 3 a 0 sobre a Rússia, acabou como o primeiro dos seis a carimbar a vaga. Problemas físicos foram relevados, como os de Murilo e Wallace, e o time mostrou belo repertório de variações. Uma vitória que torna o Brasil favorito de novo ao título. Se o time estiver na final, poderá enfrentar a Rússia pela terceira vez ou a Polônia, única a nos derrotar.

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