Por edsel.britto

Rio - Até onde pode ir a ascensão de Neymar? Esses números iniciais de sua carreira impressionam e ganham ênfase em um momento pós-Copa traumático. Como ele não participou do dia da catástrofe, só saiu chamuscado, mas se coloca acima das limitações atuais da Seleção. Com 22 anos, tem 40 gols pela Seleção e deve ultrapassar Zico, Romário e Ronaldo. Chegar a Pelé, com 77, não é uma certeza absoluta mas uma boa possibilidade.

O brilho de Neymar faz com que o torcedor esqueça do momento traumático pós-CopaReuters

Neymar exibe várias qualidades que, juntas, formam um painel único. Ele tem rara habilidade, objetividade e é brilhante tanto em jogadas individuais como coletivas. Além disso, resiste bem a pancadas e se lesiona pouco. Messi já disse que ele será em breve o melhor do mundo. Neymar faz esquecer um pouco a crise de talentos do futebol brasileiro.

SEM SENTIDO

Os jogadores do Botafogo demitidos por Maurício Assumpção podem não ser santinhos e exageraram nas reclamações. Mas entende-se a indignação diante do quadro caótico. Em campo, eles têm saldo positivo, à exceção de Julio Cesar. Pagaram pela liderança e personalidade. O presidente os utilizou para marcar uma autoridade, e se o time cair, a conta será toda sua.

CHANCE MÍNIMA

Em futebol cabe quase tudo e o Botafogo, recentemente, surpreendeu ao virar o jogo contra o Ceará, na Copa do Brasil, e vencer o Corinthians. Mas as chances hoje contra o Santos são mínimas — improvisado, o time precisa ganhar por dois gols de diferença e fora de casa. Como o foco é não cair no Brasileiro, o Botafogo nada tem a fazer na Copa do Brasil.

PONTOS FRACOS

Há muito tempo, o Brasil se ressente de laterais. Hoje, um bom jogador como Léo Moura é até cultuado com méritos porque jogou mais que seus sucessores. A nova posição carente é a de atacante e a tendência é a da improvisação, com o fim dos especialistas. Fred parece no ocaso e Jô não aproveitou. Tardelli, versátil, é uma boa saída, mas a verdade é que os centroavantes sumiram.

DEUS SALVE

O América celebra Romário na presidência, talvez a sua última chance, não de voltar a ser grande porque isso exigiria altos investimentos e uma torcida de massa. O América precisa alcançar outro patamar pela sua imensa tradição. Tomara que dê certo e que Romário, com a sua popularidade e condições de atrair alguns recursos, desperte o clube.

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