Por edsel.britto
Havaí - Poucas horas após entrar para a história do surfe, o menino Gabriel Medina, de apenas 20 anos — fará 21 nesta segunda-feira —, ainda não conseguia enxergar claramente a dimensão de seu histórico e inédito feito. Emocionado e exultante, ele, humildemente, se limitava a agradecer a todas as pessoas que o ajudaram a se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial, sábado, nas míticas águas de Pipeline, no Havaí.
“Ainda não caiu a ficha. Parece que está todo mundo mentindo para mim. Estou orgulhoso porque fui o primeiro campeão mundial do Brasil, coisa que muitos tentaram. Eu quero agradecer a Deus e a todos que me apoiaram, que este seja o primeiro de muitos”, disse Medina.
Dois dias após a conquista do título Mundial, Medina diz que a ficha ainda não caiuASP

Talvez ele caia na real amanhã, quando está prevista a sua chegada ao Brasil para, aí sim, celebrar a conquista ao lado da família e de seus compatriotas. Paulista de Maresias, Medina vai conceder uma coletiva, terça-feira, para revelar as agruras e todas as emoções da merecida conquista (em 11 etapas da temporada, venceu três), na qual bateu astros e ídolos, como o norte-americano Kelly Slater.

Medina, porém, já adiantou que a conquista foi especial, mas faltou a vitória na etapa final do circuito mundial, em Pipeline. Em uma decisão épica e decidida nos últimos segundos, ele ainda tirou uma nota 10, mas o australiano Julian Wilson levou a melhor e faturou a bateria final: 19,63 a 19,20: “Queria vencer em Pipe, é uma etapa importante, que todo mundo sonha vencer. Foi por muito pouco. Eu estava cansado de toda essa emoção e a disputa da etapa, já tinha ganhado o título mundial, mas foi tudo ótimo.”

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PARABÉNS DO RIVAL 
Principal adversário de Medina durante o ano, o australiano Mick Fanning, elogiou o feito do brasileiro e até vestiu a camisa comemorativa do título: "Parabéns para este grande garoto. Ele realmente merecia tudo o que conquistou este ano”, disse o australiano.