Apesar de importantes baixas no ataque, os Seahawks souberam se reinventar e mantiveram uma base forte, principalmente na defesa, seu melhor ponto. Adotando a postura de sempre observar e mapear o draft, o Seattle pode se orgulhar de seus principais destaques serem fruto deste trabalho. Richad Sherman, Bobby Wagner, Kam Chanchellor, Michael Bennett e Byron Maxwell, todos fundamentais na parte defensiva, chegaram à equipe por meio das escolhas feitas pela direção.
No ataque, a qualidade do trabalho é a mesma. Russell Wilson, o líder do ataque, também é fruto desta profunda observação por parte do corpo técnico do treinador Pete Carroll. O quarterback foi selecionado apenas na 3ª rodada do draft de 2012, sendo o sexto da sua posição. O único destaque ofensivo que não se inclui na filosofia de investir em jovens promissores escolhido pelo draft é o caso do running back Marshawn Lynch, que chegou a Seattle após passar quatro anos jogando pelo Buffalo Bills.
A juventude do elenco comandado por Carroll é impressionante. A média de idade dos jogadores é de aproximadamente 26 anos, uma das menores da NFL, o que eleva ainda mais o trabalho que vem sendo feito pelo ótimo técnico dos Seahawks, que já está à frente da equipe há cinco temporadas. Além da aposta em jovens e na formação de uma defesa sólida, mais conhecida como a "Legion of Boom', o Seattle tem a seu favor o histórico em casa e o apoio maciço de sua torcida. Considera pelo Livro dos Recordes como a mais barulhenta do mundo, os fãs do Hawks são peça-chave para apoiar o time quando joga no Century Link Field, transformando o estádio em um verdadeiro caldeirão ensurdecedor.
Diante do New England Patriots, neste domingo, Pete Carroll e seus jovens jogadores têm a chance de consolidar a geração do Seattle Seahawks, iniciar uma pequena dinastia com dois títulos consecutivos em dois anos, o que não acontece desde os Patriots em 2004/2005, e consagrar de vez o trabalho feitos nos últimos cinco anos pela equipe de Washington.