Por pedro.logato

Rio - Ninguém poderia imaginar há algumas semanas que o Botafogo, em sete rodadas, estaria na liderança do Carioca, obteria boa vitória sobre o Flamengo e se colocaria em ótima posição para conquistar a Taça GB. O elenco é muito modesto, dificilmente alçará voos maiores, incluindo o próprio Estadual, mas Renê, com a parceria de Antonio Lopes, arrumou a casa, impôs o seu estilo e obteve do grupo resposta altamente profissional. Não adianta sonhar alto nem esperar milagres, mas René já tem boa base para reforçar com o objetivo de voltar à Série A do Brasileiro. A substituição, domingo, no primeiro tempo, de Diego Jardel por Sassá, foi belo lance de oportunismo e sagacidade tática. E suas decisões de escalação e mudanças têm se mostrado corretas, de alguém com o elenco nas mãos.

René acertou equipe alvinegraDivulgação

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Alguns números são enganadores no futebol, outros nem tanto. Por exemplo, no clássico, o Flamengo teve percentual de posse de bola muito superior e perdeu. Suas bolas raramente acertavam o gol. Houve cinco vezes mais cruzamentos rubro-negros sobre a área, mas inúteis. E o Botafogo errou mais passes, o que foi compensado pela objetividade nas conclusões.

INSEGURANÇA

Vanderlei pode estar passando por fase de extrema autoconfiança, o que é perigoso. Ele anda tentando se impor de novo como o grande treinador revolucionário dos bons tempos. Tentou arrumar nova função para Cirino, o que demanda tempo, e muda demais o esquema e o time, que é o melhor do Rio, mas pode se perder na insegurança e na indefinição.

SEM RUMO

O futebol é dinâmico e está longe de ser matéria lógica. Por isso, ninguém pode descartar a chance de que Cristóvão Borges obtenha êxito nos próximos tempos. Mas, até agora, tem se mostrado meio perplexo com a perda de jogadores importantes e não chegará a lugar algum juntando muitos garotos ao mesmo tempo. Não dá para apostar tanto só em Cavalieri, Jean e Fred.

ACENO DE PAZ

Apesar de algumas cenas de tumulto no Sul, foi bonito ver a união dos torcedores misturando camisas gremistas e coloradas. Em campo, os jogadores se confraternizaram. No Rio, houve paz e alegria. Desde cedo, casais passavam nas ruas, cada um com a camisa de um dos clubes. Ainda é possível acreditar em paz. Adversários, e não inimigos.

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